Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Maranhão versus Maranhão: Uma briga que desafia o orgulho de Wilma e vai rachar Araruna ao meio

uuuO ex-governador José Maranhão oficializou  aquilo que já se sabia fato. Será candidato a deputado federal. Foi inteligente. No lugar de ser causa, colocou a saída do sobrinho do PMDB, Benjamim Maranhão, que sentia sua reeleição ameaçada pelas intenções do tio, como conseqüência para ter escolhido a disputa proporcional. Só faltou dizer claramente “sou candidato a deputado federal pelo PMDB porque Benjamim não quis ser”.

Agora que as armas estão colocadas na mesa, a família Maranhão, que por dez anos comandou unida Paraíba, vê abrir um fosso entre as duas principais vozes da família, o ex-governador e a sua irmã, Wilma Maranhão, atual prefeita de Araruna. Ela tem dito a todo mundo que fará de tudo para eleger o filho (Bejamin), e que terá um prazer extra se, além de eleger o filho, ver Maranhão fora da lista dos eleitos. 

Tarefa difícil. Ambas, inclusive, por mais determinada e, como conhecemos, arisca que seja a prefeita de Araruna.

O ex-governador tem a maioria dos votos dados a família, sendo, indiscutivelmente, o maior líder do clã. Benjamin, não pode negar, construiu sua trajetória à sombra do tio, aceitando as ordens e desordens do ex-governador. Wilma sabe disso. Mas tem um trunfo. A prefeitura de Araruna. O domínio da chave de uma gestão que, legal ou ilegalmente, sempre é uma grande força em qualquer candidatura. Já o ex-governador, além dos bois, vai ter que depender dos amigos que construiu ao longo de sua trajetória política.

Neste período, veremos ainda muitas cenas de guerra numa família que parecia nunca se separar por causa da política. Um pensamento impróprio em se tratando de poder.

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