Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

sábado, 12 de outubro de 2013

Situação crítica para o homem do campo em Piancó

Parece que o tempo não passa para essas pessoas em termos de desenvolvimento. Tudo parece que continua do mesmo jeito, há mais de trinta anos.E assim que muitos produtores, pequenos, que residem na zona rural, vêem a sua situação. "O progresso ainda não chegou aqui", diz um pequeno agricultor. E é bem verdade que esta população tem deixado a zona rural, abandonando suas casas e seus pequenos pedaços de terra, para tentar a sorte na cidade. Chegando à cidade, sem conhecimento das letras, encontram trabalho como servente de pedreiro ou gari. Muitos se submetem a situações constrangedoras, como é o caso de um senhor de 64 anos - que não vamos citar seu nome -, que para sobreviver trabalhar limpando fossas de residências. É o fim do homem do campo... Parece que os administradores públicos não conseguem projetar políticas públicas para a zona rural e acham que fazer poços e distribuir sementes de milho, é o suficiente. O homem do campo precisa de apoio moral. É necessário que políticas sejam idealizadas com o sentido de resgatar a digninidade desta população que sofre com o descaso das autoridades públicas, que só chegam até esta parte da cidade, quando é período eleitoral.

As comunidades rurais estão sendo abandonadas, tanto pelo homem do campo, quanto pelos políticos. 

O homem do campo deixa uma vida toda para traz porque sua única fonte de trabalho é abastecida com a água. Sem água ele não consegue plantar, cuidar do gado e da sua própria subsistência. É por isso que ele, pra sobreviver, deixa para traz uma vida inteira e vem se sujeitar na cidade as humilhações de está correndo atrás de políticos corruptos para pedir esmolas. 

Há situações em que as casas nos bairros periféricos de Piancó, onde moram hoje o pequeno produtor que abandonou a zona rural, é um verdadeiro abandono. A fome, que parecia não existir por causa dos programas sociais do governo federal, é visível. São família com até dez pessoas: filhos, netos, pais e avós. É uma situação de penúria, mas que parece está longe de ser solucionada, e a situação é crítica para estas pessoas que sempre lutaram para produzir o arroz, o feijão, o milho, a batata, a galinha caipira... E o que se pode fazer por esta gente tão humilhada por nossos administradores?

Antonio Cabral (DRT-PB 3085)


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