Os campeões mundiais de futebol no Chile
foram homenageados ontem(25) durante o lançamento da exposição
Cinquentenário da Copa do Mundo de 1962, no Memorial da América Latina,
em São Paulo. Passados 50 anos da conquista, craques como Amarildo
Tavares da Silveira, apelidado pelo escritor Nelson Rodrigues de “O
Possesso”, recordaram histórias vividas nos gramados.
Amarildo lembra quando recebeu a difícil missão de entrar no lugar
de Pelé, que havia se machucado no jogo com o México. Apesar de passar
a ser chamado de “substituto do insubstituível”, o atacante não se
intimidou. Na final contra a Tchecoslováquia, Amarildo ajudou a virar o
jogo. A seleção perdia por 1 a 0 e o atacante empatou a partida apenas
dois minutos depois de o Brasil sofrer o gol. “Então, o entusiasmo
deles desapareceu. Começamos a dominar o jogo. Fomos superiores e
merecemos ganhar”. O Brasil venceu a partida por 3 a 1.
Da vitória contra o México, na primeira fase da competição, Mário
Jorge Lobo Zagallo gosta de recordar o momento em que a partida saiu do
0 a 0. “Eu tive a felicidade de dar um peixinho e fazer o primeiro gol
da partida” - o placar terminou em 2 a 0 para o Brasil com o outro gol
sendo marcado por Pelé .
Craque reverenciado pelos companheiros, Mané Garrincha, foi
lembrado por Zagallo. Conhecido por sua habilidade nos dribles,
Garrincha só foi “parado” em toda a sua carreira por um cachorro que
invadiu o campo durante a partida contra a Inglaterra nas
quartas-de-final. Com o jogo paralisado, o atacante tentou agarrar o
animal, sem sucesso. “Esse foi o único na vida que conseguiu driblar o
Garrincha”, brinca Zagallo.
“Daqueles tempo para cá, os jogadores da seleção brasileira mudaram
muito”, destaca Zagallo. Para ele, há muito preparo físico e pouco
avanço em termos táticos. Os craques do passado encontravam mais espaço
para jogar e podiam mostrar o talento deles. “Hoje, a bola chega, já
tem um em cima. A bola muda de lado é a mesmíssima coisa. Fica um
futebol feio”.
Durante a abertura da exposição, o ministro dos Esportes, Aldo
Rebelo, reafirmou que os gastos com as obras para a Copa do Mundo no
Brasil em 2014 serão fiscalizados. “Acho que dá para fazer tudo
controlado pelos órgãos da União, Tribunal de Contas, Ministério
Público, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas dos Estados”.
De acordo com o ministro, quase todas as obras foram licitadas.
“Das obras da Copa, é muito pouco o que falta ser licitado. E nós ainda
temos tempo, temos dois anos”. Rebelo se mostrou otimista também em
relação à organização. “Acho que a Copa pode ser uma referência, não
apenas de organização, mas também de controle nos gastos públicos”.
AB/Imagem de Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário