A CPI do Cachoeira quebrou por unanimidade, na tarde desta
quinta-feira (14), os sigilos das empresas ligadas à venda da casa do
governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Além disso, o assessor do tucano, Lúcio Fiuza, também terá seu
sigilo quebrado e será convocado para depor. Também foram convocados a
mulher do bicheiro, Andressa Mendonça, e o jornalista e radialista Luiz
Carlos Bordoni.
As três empresas ligadas à venda da casa terão divulgados os
sigilos fiscal, telefônico e bancário. São elas Excitant, Mestra e
Faculdade Padrão.
A Excitant foi a emissora dos cheques que Perillo recebeu no valor
total de R$ 1,4 milhão. A empresa, de acordo com a Polícia Federal,
pertence a uma cunhada do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em
fevereiro, apontado como chefe de uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás.
Segundo a investigação da PF, a Excitant recebeu depósitos da
Alberto e Pantoja, empresa fantasma que supostamente abastecia as
contas do grupo de Cachoeira. Ao ser preso pela Polícia Federal, o
bicheiro estava na casa que pertenceu a Perillo e onde supostamente
morava.
A Mestra, por sua vez, é a empresa que o empresário Walter Paulo
Santiago dirigia e utilizou para comprar a casa. A finalidade da
empresa, segundo ele, era comprar e vender imóveis, mas só fez dois
negócios em toda sua existência.
Já a Faculdade Padrão, de propriedade de Walter Paulo, seria a
empresa que teria fornecido dinheiro a ele para comprar a casa de
Perillo.
Na CPI do Cachoeira, o empresário e o governador sustentaram a
história de que Perillo vendeu a casa inicialmente para o ex-vereador
de Goiânia Garcez. Ele teria usado os cheques emprestados pelo
ex-diretor Delta Centro-Oeste, Claudio Abreu, para fazer o pagamento.
Depois de alguns meses, como não conseguiu pagar, revendeu a casa
para Walter Paulo, que pagou a ele em dinheiro e ficou com a escritura
da casa.
Para convencer o empresário que a casa era mesmo de Perillo e seria
vendida, o assessor do governador, Lúcio Fiuza, foi até a casa de
Walter Paulo com Wladimir e participou da negociação.
Fiuza também terá os sigilos telefônico, bancário e fiscal
quebrados. A CPI aprovou por unanimidade que ele disponibilize essas
informações.
A mulher do Cachoeira vai depor para contar o que sabe sobre a
atuação do marido e, o jornalista Bordoni para explicar as denúncias
que fez. O jornalista afirma ter recebido o pagamento pelos serviços
prestados à campanha eleitoral de Perillo da empresa de fachada Alberto
& Pantoja Construções, controlada por Cachoeira.
R7/Imagem de Internet
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