A população está em pânico e não sabe o que fazer. A H1N1 é uma ameaça
real. Já há duas mortes confirmadas na região dos Campos Gerais. Uma em
Ponta Grossa e outra em Tibagi. Boletim divulgado ontem pela Secretaria
de Estado da Saúde aponta que 180 casos de gripe A (H1N1) foram
diagnosticados no Estado este ano. Treze pessoas tiveram complicações e
morreram em decorrência da doença – 11 delas em junho.
Apelar para que as pessoas lavem as mãos com água e se possível utilizem o álcool gel como complemento da higienização não basta. Os governos – municipal, estadual e federal -, precisam definir uma estratégia preventiva e de orientação mais eficaz. Os hospitais também são omissos em relação ao problema. Não desenvolvem campanhas e muito menos se esforçam em prestar esclarecimentos aos pacientes. Certo é que o aumento no número de mortes pode estar associado ao diagnóstico tardio da doença.
Com o fim da pandemia, em agosto de 2010, a gripe deixou de ser uma doença de notificação obrigatória. O monitoramento é feito, apenas, a partir de exames laboratoriais de pacientes que apresentam síndromes gripais ou síndromes respiratórias agudas graves. O objetivo é ter índices de amostragem da população e identificar os vírus respiratórios que mais circulam no Estado, visando a indicação de tratamento adequado. Foi um erro de estratégia.
A partir desta terça-feira, um ônibus estacionado no Hospital Municipal, em Ponta Grossa, vai ajudar o município nos diagnósticos da Gripe A. Uma equipe já faz plantão 24h no CAS Central, mas com o aumento do número de casos, a Secretaria Municipal de Saúde tomou mais esta medida. Ajuda, mas não é suficiente.
As secretarias municipais de Saúde deveriam disponibilizar um telefone 0800 de orientação à população. É preciso também distribuir máscaras. Quem estiver com os sintomas da gripe recomenda-se que exija em postos de saúde e nos hospitais o medicamento oseltamivir, independentemente de confirmação laboratorial. O remédio é eficaz e indicado para o tratamento de todos os tipos do vírus Influenza.
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