Último dia de julgamento começa com fala da acusação após duas horas de atraso

A juíza Marixa Fabiane Lopes deu início ao quinto e provável último dia do julgamento de dois dos sete acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio às 11hh30 desta sexta-feira (23). A sessão começou com duas horas e meia de atraso, quando Luiz Henrique Romão, o Macarrão, entrou no plenário. Ele foi rodeado por seus advogados, fotografado e filmado pela imprensa. Em seguida, Fernanda Castro, ex-amante do goleiro Bruno, entrou no tribunal.

A magistrada pediu que o escrivão abrisse o lacre dos objetos apreendidos durante as investigações policiais. Também foi decidido que as falas não serão interrompidas pelas partes.

Quem deu início ao debate foi o promotor Henry Wagner Vasconcelos, que deve falar por pelo menos duas horas e meia. No início, Vasconcelos respondeu aos cumprimentos da juíza Marixa Fabiane, que se disse "lisonjeada" por trabalhar com ele, afirmando que a magistrada tem "seus ombros suportado o peso do mundo marcado por tantas manobras".

— Se não fosse o pulso firme de Vossa Excelência, não estaríamos a concluir o julgameto de um dos réus.

Logo após, os assistentes de acusação também devem se manifestar. Segundo um deles, Cidney Mendes, que também é advogado do pai de Eliza, os debates, incluindo as alegações da defesa e réplica e tréplica, devem terminar por volta das 18h. Logo depois, os jurados se reúnem para decidir pela condenação ou não dos réus.

A expectativa da promotoria é que Macarrão pegue pena mínima para homicídio devido à sua confissão, o equivalente a 12 anos, mais as sentenças de sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. A previsão é que sua reclusão seja de 20 anos. Já Fernanda, que responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e seu filho, deve ser sentenciada de 5 a 8 anos de prisão se condenada.

R7