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Sêneca

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Delação premiada pode evitar cadeia para Valério




A novela da dosimetria da pena na AP 470 (mensalão) está longe do seu final. Ainda há muita água para passar debaixo dessa complicada ponte. O novo depoimento de Marcos Valério - revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo -, prestado em setembro ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pode favorecê-lo na redução ou mesmo extinção da sua pena.

Possivelmente por razões processuais ou estratégicas, o procurador-geral disse que eventual delação não teria efeito dentro do processo mensalão. Na prática, nada disso representa a verdade dos fatos e do direito. O processo ainda não terminou, logo, é perfeitamente possível a delação. Aliás, nem sequer a pena do réu Marcos Valério foi totalmente definida. Falta o voto do Ministro Marco Aurélio em relação a duas acusações contra ele. O STF ainda nada decidiu sobre a existência ou não de crime continuado, o que pode significar uma grande redução de pena.

Marcos Valério, ademais, independentemente das suas declarações de setembro, já se posicionou como colaborador da Justiça no processo, em 2005, visto que foi ele quem ofereceu a lista de todas as pessoas, sobretudo parlamentares, que receberam dinheiro ilícito. Também foi ele quem deu detalhes de todos os falsos empréstimos bancários. Ele já colaborou com a Justiça e, segundo a Veja, ainda está disposto a oferecer mais detalhes para esclarecer a participação do ex-presidente Lula assim como do ex-ministro Antonio Palocci. Quer ainda delatar mais remessas de dinheiro para o exterior, a entrega de dinheiro a um empresário no caso da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, quem deu dinheiro para os petistas “aloprados” etc.

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