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Sêneca

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

NO SERTÃO DA PARAÍBA: OFICIAL DE CARTÓRIO É PRESA SUSPEITA DE CELEBRAR CASAMENTOS SEM JUÍZA

Uma oficial de cartório de registro civil do município de Malta, no Sertão paraibano, foi presa na última quarta-feira (25) por suspeita de falsificar certidões de casamento e celebrar os procedimentos sem a presença de um juiz responsável. Conforme o delegado Edson Pedrosa, a denúncia foi feita pela juíza da comarca de Malta, Ascione Alencar Linhares. A prisão, no entanto, aconteceu em flagrante quando um casal estava no cartório recebendo a documentação.

A Polícia Civil autuou a mulher em flagrante e abriu um inquérito para avaliar se vai indiciá-la pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento e usurpação de função pública. A suspeita foi foi encaminhada ao presídio feminino da cidade de Patos, mas conseguiu liberdade provisória e foi solta.

"A gente já tinha recebido um comunicado da juíza por ofício com evidências do crime e a solicitação de uma investigação do que estava acontecendo. no entanto, ontem recebemos uma denúncia de que haveria um casamento civil às 10h. Os agentes da delegacia estiveram lá e presenciaram todo o ato, inclusive com fotografias tiradas pelo fotógrafo contratado pelos noivos. Eles assinaram os documentos e já estavam saindo com a certidão. Eles confirmaram que estavam casando no civil, mas que a juíza não estava presente", explicou o delegado.

Segundo Edson Pedrosa, o crime está no fato da chefe de cartório emitir uma documentação sem as formalidades exigidas pela lei. O casal também foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento na condição de vítima e foi liberado. A Polícia Civil agora apura se outros noivos receberam certidões de casamento de foma irregular e se a oficial do cartório estaria cobrando algum valor para agilizar os procedimentos na ausência da juíza.  O inquérito pode ser concluído dentro de 10 dias.

Outras irregularidades supostamente praticadas no cartório também estão sendo investigadas. O comerciante Francisco Araújo, morador de Malta, reclamou que o registro de nascimento da filha foi expedido com uma série de erros.  "Minha esposa na época tinha 29 anos, mas na certidão constava como 80. Cheguei a conversar com a oficial, mas ela disse que não teria como mudar", disse. Segundo ele, foi necessário entrar com um processo no fórum da cidade para retificar a documentação.
 
Itaporanga Online

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