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Sêneca

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mobilidade, social, cloud e informação ditarão mudanças nos negócios

Computação em nuvem, mobilidade, informação ou big data e social. De alguma forma você tem ouvido falar muito desses temas nos últimos anos. O que faz até soar estranho o fato de os quatro serem citados como as principais forças tecnológicas que ditarão mudanças nos negócios. A diferença entre o que tem sido dito e o que o Gartner quer propagar, entretanto, está na interdependência dessas frentes. As mudanças nos negócios – cada vez mais inseridos na economia da informação – ocorrerão na medida em que as estratégias de tecnologia estiverem desenhadas de forma que esses pontos sejam contemplados e trabalhados de maneira conjunta.

A avaliação é de Peter Sondergaard, vice-presidente e líder global de pesquisa do Gartner. O executivo, que apresentou tal previsão em recente evento realizado nos Estados Unidos, falou sobre o assunto durante o Gartner Symposium/IT Expo 2012, em São Paulo. Para uma plateia de mais de mil pessoas, formada em boa parte por executivos de TI, o especialista frisou que as coisas, na verdade, já acontecem e muitas vezes à revelia da área de tecnologia da informação. Basta observar o crescimento constante na compra de tecnologia por outros departamentos. “Cloud, social, mobile e informação são as quatro forças que causarão impactos nas organizações e isso acontece por pressão dos consumidores e trazem desafios até para os fornecedores”, pontua.

O mercado, como lembra o VP, vive um ponto de inflexão. E isso não se aplica apenas ao departamento de TI. As empresas, de alguma forma, buscam encontrar um espaço nesse momento onde o consumidor se torna rei e exerce uma influência cada vez maior em desenvolvimento de produtos ou na percepção da marca. No caso da indústria de TI, as barreiras também existem. “Você vê HP, Microsoft e Cisco estão sendo desafiados pelas quatro forças. Cloud pressiona as margens, mobilidades pede simplicidade e colaboração no modelo de processo do software.”

Cloud computing
Como informou Sondergaard, 80% dos negócios usam software como serviço (SaaS, da sigla em inglês). A fragmentação da tecnologia está acontecendo, embora a TI não acredite na nuvem pública e continue usando, em grande parte, software no modelo tradicional de compra. “A nuvem acontece com ou sem suporte da TI”, adverte o especialista. Citando uma frase do ex-premiê britânico Winston Churchill, Sondergaard afirmou que a nuvem “não é o fim, não o começo, mas, talvez, é o fim do começo”.

Mobilidade
Até 2016, de acordo com levantamento do Gartner, 40% da força de trabalho será móvel. Diante do fato, Sondergaard entende que as empresas precisam desenvolver seu negócio ao redor da mobilidade, onde estarão clientes e funcionários. “Mobilidade é a computação momentânea e isso pede uma experiência adequada. É tornar os funcionários mais produtivos. Mobilidade muda aplicações e a forma como elas são entregues. Mais de 300 bilhões de downloads de aplicativos móveis ocorrerão anualmente até 2016”, calcula.
O especialista afirma ainda que os tablets continuarão com forte presença no ambiente corporativo. O iPad por exemplo, projeta o VP, será mais popular nas empresas que o BlackBerry. Até 2018, a consultoria prevê que 70% da força de vendas das corporações usará tablets ou dispositivos híbriods. Além disso, eles entendem que, até o final da década, 50% dos dispositivos serão comprados pelos próprios funcionários, reforçando o movimento de traga seu próprio device (BYOD, da sigla em inglês).

Social
A pressão pela computação social vem de fora das organizações e está ligada ao fenômeno das redes sociais. Para o Gartner, ela muda a forma de gerenciar as empresas e o jeito com que as pessoas agem. “Até 2016, dez organizações gastarão, cada uma, US$ 1 bilhão em mídia social. 30% dos posts nessas redes serão automáticos até o meio da década. As capacidades sociais virão embarcadas nas aplicações corporativas ou disponíveis para os desenvolvedores. Essas redes quebraram barreiras e social computing se tornará ainda mais importante”, explica, ao dizer que o movimento traz uma especialização da colaboração.

Informação ou Big Data
Na sociedade e economia da informação, as empresas têm uma grande oportunidade para transformar o negócio e acelerar a tomada de decisão. E, para isso, é necessário investimento em tecnologia. “Big Data é olhar para frente”, aponta Sondergaard. “É preciso fazer uso de dados híbridos, uma combinação de dados estruturados e não estruturados. E os dados escuros, que são coletados, mas não usados. As organizações serão diferenciadas por suas capacidades de analisar e fazer boas previsões, se antecipando aos acontecimentos.”

InformationWeek

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