Beduínos egípcios sequestraram neste domingo duas turistas
brasileiras e seu guia egípcio na Península do Sinai, no terceiro caso
desse tipo envolvendo turistas em 2012 na região.
Os turistas retornavam do histórico Mosteiro Ortodoxo de Santa
Catarina, construído no século 6 no sudeste do sopé do Monte Sinai, em
um ônibus com 38 turistas que foi abordado por seis homens armados e
mascarados, segundo o chefe de segurança no sul da Península do Sinai,
Mahmoud Hefnawi. Apenas as duas e seu guia foram retirados do ônibus e
levados pelos sequestradores para as montanhas.
Fontes oficiais apresentaram informações conflitantes sobre a idade
das vítimas. Uma informação preliminar afirmava que as duas eram
adolescentes, mas um policial disse que uma tem 18 anos e a outra 40.
Autoridades locais disseram acreditar que os sequestradores
pretendem negociar a libertação das vítimas exigindo que prisioneiros
sejam soltos pelo governo. Uma fonte citada pela agência de notícias
Reuters disse que o governo local está em contato com líderes beduínos
para buscar a libertação das brasileiras.
De acordo com uma fonte policial, um dos sequestradores é o pai de
um homem condenado por tráfico de drogas e posse de armas. Ele espera
obter a libertação do filho em troca das reféns.
Esse é o terceiro sequestro de turistas na região neste ano. Em
fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos na mesma
região, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um
guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos.
Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos,
assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em
janeiro.
A pouco habitada região abriga a maioria dos resorts egípcios, ao
mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da população
beduína pobre.
Desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak ano passado,
a região do Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a
delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam
gás ao vizinho Israel.
*Com AFP, BBC e AP
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