Brasília - O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (foto),
disse hoje (29) que fará um apelo para que a presidenta Dilma Rousseff
sancione o mais rápido possível a criação da Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).
A
proposta de criação das fundações foi aprovada no Senado ontem (28) e
aguarda agora sanção presidencial. Depois de publicada no Diário Oficial
da União, o governo têm 180 dias para fazer a regulamentação dos
fundos. “Vamos fazer um apelo à presidenta para que não precisemos
esperar esse prazo”, disse.
O ministro destacou ainda que as
nomeações de servidores terão de esperar. “Vamos ter reunião com o
Planejamento, mas elas [nomeações] ficarão aguardando até a sanção [da
Funpresp]. Temos que preservar a política que será dotada. Não podemos
permitir que haja uma situação de dúvida [de qual regime o servidor será
submetido]”, afirmou. O ministro não soube dizer quantos servidores
aguardam a nomeação, pois o órgão que controla isso é o Planejamento.
Garibaldi
disse também que a matéria deverá ser sancionada pela presidenta com
alguns vetos, entre eles, de um parágrafo que diz respeito à gestão do
fundo no Judiciário pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Garibaldi explicou que há choque de atribuições nesse ponto.
O
secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência,
Jaime Mariz, disse que em 30 anos o déficit da Previdência dos
servidores públicos estará zerado. Mariz explicou ainda que, para que as
fundações sejam efetivamente criadas, elas tem ter sua criação
homologada pela Superintedência Nacional de Previdência Complementar
(Previc), órgão responsável por fiscalizar a gestão dos fundos de previdência complementar.
Pela
proposta, aprovada ontem (28) pelo Senado, os servidores públicos
federais que têm salários até o teto da Previdência, hoje R$ 3.916,20,
vão contribuir com 11% e o governo com 22%. Sobre o valor que exceder
esse limite, a União pagará até 8,5%. A contribuição da União é
paritária, o que significa que se o servidor pagará um percentual de 5%,
a União pagará a mesma porcentagem.
O projeto proíbe instituições financeiras
diferentes e com qualquer ligação societária de concorrer na mesma
licitação para administrar recursos de um dos três fundos de previdência
complementar que foram criados no Executivo, Legislativo e Judiciário.
Agência Brasil
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