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Sêneca

sexta-feira, 22 de março de 2013

Suposto filho de Emílio Santiago teria sido barrado em velório

Emílio Santiago morreu na última quarta-feira (20) Foto: Divulgação
Emílio Santiago morreu na última quarta-feira (20)
Foto: Divulgação
Segundo a coluna Olá, do jornal Agora São Paulo, um suposto filho de Emílio Santiago teria ido ao velório do músico e sido impedido de entrar no saguão da Câmara Municipal do Rio, na manhã da última quinta-feira (21).

Aleksander Nunes reapareceu mais tarde com uma suposta ordem judicial. No enterro, no Cemitério Memorial do Carmo, Evandro Jr., amigo de Santiago, disse que era tudo uma "bobagem" e advogada do cantor não quis comentar o caso.

Emílio Santiago morreu na última quarta-feira (20), no Hospital Samaritano, devido a complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico.

De advogado a cantor de MPB
Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.
Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.
Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.
Relembre trajetória de Emílio Santiago na música brasileira
Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.


Terra

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