Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

sexta-feira, 29 de março de 2013

O castigo da cruz

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Marcos Tavares

Historicamente diz-se que a crucificação começou na Pérsia, de onde foi trazida por Alexandre, o Grande, mas foram os cartagineses e romanos os maiores adeptos desse tipo de execução. Crucificar constituía-se em prender o condenado à cruz por pregos ou cordas e deixá-lo morrer em agonia. A morte sobrevinha normalmente por asfixia já que os braços distendidos impediam que o diafragma contraísse o pulmão, exigindo do condenado um longo esforço para respirar. À medida que perdia as forças, o crucificado recebia menos oxigênio até que seus órgãos entrassem em colapso.

Para os romanos, a crucificação, além da dor, provocava a vergonha e humilhação. O condenado, normalmente nu era chicoteado antes de ser içado ao patíbulo e também era obrigado a levar a barra horizontal de sua cruz até o lugar do suplício. Na revolta de Spartacus, Roma crucificou num só dia seis mil escravos presos na guerra, ao longo da Via Ápia que ficou intransitável por semanas devido ao mau cheiro da decomposição dos corpos.
A crucificação foi abolida somente no século IV da Era Cristã, mas foi usada por japoneses contra prisioneiros chineses na guerra entre os dois países e por indianos nas guerras entre reinos rivais. A crucificação de Jesus Cristo é o momento culminante da Paixão comemorada na semana Santa e a imagem da cruz marcou a religião desde os tempos imemoriais, sendo conhecida hoje universalmente como símbolo de uma religião.

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