Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

domingo, 10 de junho de 2012

CPI do Cachoeira


O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirma em entrevista exclusiva ao iG que a história da venda da casa do governador Marconi Perillo (PSDB) se “complicou” após o empresário Walter Paulo Santiago dar nova versão sobre o negócio. “Há uma nítida contradição entre o que diz o governador Marconi Perillo, o que diz o senhor Walter Paulo e o que diz o senhor Wladimir Garcez. Alguém nesta história está mentindo”, diz Cunha.

Há três versões para a venda do imóvel, que ganhou os holofotes por ter pertencido a Perillo e ter sido o local onde ocorreu a prisão do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Quando o caso veio à tona, Perillo afirmou ter vendido a casa ao empresário Walter Paulo Santiago, e que foi pago em três cheques, em negócio intermediado pelo ex-vereador goiano Wladimir Garcez, suspeito de integrar o esquema de Cachoeira.

Na CPI, contudo, Garcez explicou que comprou a casa de Perillo por R$ 1,4 milhão, e que os cheques foram entregues a Lúcio Fiúza, ex-assessor do governador. Na última terça, Walter Paulo – dono da Faculdade Padrão, em Goiânia, e apontado pela Polícia Federal como “laranja” de Cachoeira – contradisse Perillo ao afirmar ter pago a casa em notas de R$ 50 e R$ 100, e que o dinheiro havia sido entregue a Garcez e a Fiuza.

“Precisamos ouvir o governador Marconi Perillo. Quero entender que ele terá oportunidade de se explicar. Se for necessário, depois podemos pedir uma acareação”, afirma Cunha ao iG. Perillo depõe na CPI na terça-feira, dia 12. No dia seguinte, a comissão ouve o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), suspeito de favorecer a empreiteira Delta Construções – que, segundo a polícia, era ligada a Cachoeira –, em contratos com o governo da capital.

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