A Controladoria-Geral da União (CGU) vai instaurar um processo para
apurar as denúncias de tráfico de influência e corrupção pela empresa
Delta Construções S.A. A decisão foi tomada após reunião entre o
ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, e a ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann. A empresa tem contratos firmados com o governo federal
entre 1º de janeiro de 2004 e 31 de março de 2012.
Se for declarada inidônea, a Delta será proibida de firmar contrato com
órgãos públicos e os contratos existentes poderão ser cancelados. De
acordo com a CGU, a empresa terá o direito de se defender das
denúncias. Não há um prazo para conclusão do processo.
A CGU
também vai criar uma comissão para apurar as irregularidades, além de
analisar o inquérito policial e ouvir representantes da empresa. A
constituição da comissão que atuará no processo será publicada no
Diário Oficial da União de amanhã (24).
A Delta é suspeita de envolvimento com o empresário Carlos Augusto
Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Ele é apontado com o chefe
da quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para
agentes públicos. Cachoeira foi preso durante a Operação Monte Carlo,
deflagrada em fevereiro pela Polícia Federal, que resultou na prisão de
20 pessoas.
As denúncias contra a empresa Delta também serão apuradas por uma
comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI). Os parlamentares vão
investigar a relação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o
envolvimento de pelo menos cinco deputados federais, funcionários
públicos do alto escalão dos governos do Distrito Federal e de Goiás e
a construtora Delta com Cachoeira.
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