O
banco informará os novos valores na segunda-feira, em São Paulo. O
programa, chamado de Caixa Melhor Crédito, será similar ao do Banco do
Brasil, com diminuição das taxas para consumidores e para as pequenas e
micro empresas.
O
movimento de redução das taxas nos bancos públicos atende ao chamado da
presidente Dilma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas
prioridades. A iniciativa é uma forma de acirrar a concorrência com os
bancos privados e estimular a economia para garantir um crescimento de
4% neste ano.
No
evento de lançamento do pacote de estímulo na segunda-feira, a
presidente fez uma crítica ao custo do crédito no Brasil e cobrou a
redução das taxas.
"Eu
concordo que é necessário fazer no Brasil a discussão sobre os spreads.
Eu acho que tecnicamente, não faço considerações políticas, é difícil
achar explicações para os níveis de spreads no Brasil", disse.
O
spread bancário representa a diferença entre a taxa que os bancos pagam
para captar recursos e os juros cobrados dos clientes.
BANCO DO BRASIL
O
Banco do Brasil lançou ontem o programa de ampliação e redução do
crédito. Os limites de crédito para micro e pequenas empresas foram
ampliados em R$ 26,8 bilhões e em R$ 16,3 bilhões para as pessoas
físicas.
Os
juros para o financiamento dos veículos, por exemplo, tiveram redução
de 19% sobre os valores cobrados hoje. Em geral, as linhas para a
aquisição de bens e serviços de consumo caíram 45%. Houve queda também
nas taxas para aposentados da Previdência Social.
"Vamos
reduzir os spreads, aumentar a oferta de crédito, estimular o uso
consciente do crédito e ainda atrair novos clientes no contexto da Livre
Opção Bancária", avaliou, em nota divulgada nesta quarta-feira, o
presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.
REAÇÃO
O
mercado reagiu mal à iniciativa do Banco do Brasil, que foi entendida
como um sinal de interferência política. As ações fecharam em queda de
5,91% ontem e levaram junto os papéis de outros bancos: Itaú Unibanco
recuou 3,08% e Bradesco e Santander caíram 3,08% e 1,79%,
respectivamente.
"Respondemos
a isso dizendo que vamos aumentar o número de clientes e o volume de
empréstimos. Em 2009, quando emprestamos na crise, as ações caíram, mas
isso foi decisivo para aumentar nossa participação de mercado", disse
ontem Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente do BB.
Pb1/Folha
Imagem de internet
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