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Sêneca

sábado, 21 de abril de 2012

Bancos públicos completam disputa na redução de juros

A Caixa Econômica Federal deu continuidade à guerra dos juros. A instituição financeira pública diminuiu ainda mais suas taxas mínimas de três linhas de crédito ao consumidor. Também apresentou queda, ontem, em três modalidades para micro, pequena e média empresa. Afirmou que segue a decisão do Banco Central de diminuir a taxa básica de juros, a Selic, de 9,75% ao ano para 9%. E reiterou que sua política é de apresentar taxas mais atrativas do mercado. Na quinta-feira, o Banco do Brasil fez o mesmo. Compactou seus percentuais em relação à primeira medida de redução de juros, anunciada na primeira semana do mês.

O professor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) José Ricardo Escolá de Araújo destacou que as taxas mínimas dos bancos públicos não são para todos. "É óbvio que não (terão acesso às taxas). Os bancos não falam que também existem taxas máximas", disse. Ele lembrou que as análises para a liberação de crédito continuam as mesmas.


Sandro Maskio, professor da Universidade Metodista de São Paulo, analisou o cenário de competição dos bancos pelos juros mínimos mais baixos e deu crédito aos consumidores. "Acho que os consumidores terão várias contas bancárias (para fim de comparação) do que migração de uma instituição para outra."

Além da Caixa e do BB, o Bradesco, HSBC, Santander, Itaú Unibanco e Banrisul também fizeram alterações para baixo em seus juros.

Na Caixa, a taxa mínima do consignado vinculado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) passou de 0,84% ao mês para 0,75%, e a máxima de 1,80% para 1,77%. No crédito pessoal, o piso desceu de 2,39% para 1,80%. E para financiamentos de veículos, liderando o mercado, diminuiu de 0,98% para 0,89%.

Segundo projeção da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), se os bancos mantiverem as reduções dos juros, até o fim do ano o consumo terá acréscimo entre R$ 8,5 bilhões e R$ 10 bilhões.

Tendo em vista que a região é o quarto maior mercado consumidor do País, segundo a Target Market e reúne 1,3% da população brasileira, o Grande ABC tem chance de gerar R$ 110 milhões em consumo como consequência das taxas mais baixas.

 (com AE)

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