Complexo PB1, em João Pessoa |
Uma
operação pente fino realizada por agentes do Sistema Penitenciário da
Paraíba apreendeu um documento manuscrito que reproduzia o estatuto da
organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua em São
Paulo (SP). O documento contém 18 artigos que, segundo os policiais,
deveriam ser seguidos por "integrantes da facção". O 'estatuto' foi
apreendido nesta terça-feira (16), no Complexo Penitenciário de
Segurança Máxima PB2, na localidade de Jacarapé, na PB 008.
Segundo
o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Walber
Virgolino, o serviço de inteligência da Seap recebeu a informação de que
familiares de um dos detentos fariam a entrega do documento durante a
visita. Foi feito o levantamento e agentes da inteligência do Grupo
Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) conseguiram frustrar o
plano.
No manuscrito a organização prega a lealdade dos
integrantes “visando o crescimento da facção respeitando a ética do
crime”. Em outro ponto, o estatuto prega "a democracia" afirmando que
“todos têm direito de se expressar, sabendo que há uma hierarquia e
democracia”. Outro ponto do artigo prevê a vingança contra policiais
militares, civis e agentes penitenciários que matarem seus 'filiados'.
Conforme
consta no documento, os criminosos devem colaborar de forma financeira
para o crescimento do PCC. “Os integrantes têm que colaborar e
participar do progresso do comando para ajudar no pagamento de
advogados, ajuda financeira para funerais, para cadeias carentes, além
auxílio para os doentes e outros serviços médicos, que vai até a
pagamento de cirurgias”.
O documento prega a lealdade,
fidelidade, companheirismo entre os criminosos, disciplina e ensina que
eles têm sempre que estar dispostos a participar de qualquer ação,
inclusive, resgate de presos.O 'estatuto' afirma ainda que a facção não
aceita entre seus integrantes "cabuetas", gays e estupradores.
O
estatuto é finalizado com a frase: “Vida se paga com vida. Sangue se
paga com sangue. Boa sorte”. O documento será periciado pelas
autoridades policiais.
O complexo penitenciário de segurança
máxima Romeu Abrantes, dividido em dois setores (PB1 e PB), tem
capacidade para 600 apenados. O documento foi apreendido no pavilhão 2
do PB2 que suporta uma população carcerária de 300 presos.
PortalCorreio
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