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Sêneca

terça-feira, 29 de julho de 2014

Palanques estaduais fragilizam presidente



Postado por:Daniela Martins


O comentário no “Jornal da CBN” analisou a preocupação da campanha petista com os palanques estaduais. Em São Paulo, Paulo Skaf (PMDB) não quer dividir palanque com a presidente Dilma Rousseff. Ele teme que a forte rejeição à Dilma no Estado o contamine. Com a candidatura de Alexandre Padilha (PT) estacionada em 4% das intenções de voto, os 16% de Skaf são importantes para Dilma no maior colégio eleitoral do país. A rejeição à presidente chega a 47% em São Paulo, segundo o Datafolha. Em Minas Gerais, o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) lidera. Mas a candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB) tende a crescer devido à força do candidato tucano ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) está um pouco atrás da senadora Ana Amélia (PP) nas pesquisas. No Rio de Janeiro, o PT também enfrenta dificuldade. Aécio conseguiu o apoio de parte do PMDB; e Dilma não faz campanha ao lado do candidato do PT, Lindberg Farias. Na Bahia, Rui Costa (PT) tem menos de 10% das intenções de voto, enquanto o ex-governador Paulo Souto (DEM) está acima de 40%. Sem uma reação nos maiores colégios eleitorais, Dilma terá dificuldade para se reeleger. O Nordeste ainda é uma fortaleza de votos para o PT. Mas uma derrota em São Paulo pode impedir a reeleição. O PT se enfraqueceu muito no Estado. Pesquisas qualitativas mostram que a candidatura de Padilha sofreu com as revelações da operação Lava-Jato, com o caso do laboratório Labogen e da ligação do ex-petista e deputado federal André Vargas com o doleiro Alberto Youssef. Pesou também contra o petismo a acusação de que o deputado Luiz Moura teria se reunido com integrantes do PCC. Mesmo negadas, as acusações funcionaram como um carimbo ligando o PT à corrupção. Geraldo Alckmin conseguiu se manter afastado das acusações que envolvem o PSDB, como o cartel no metrô paulista e os contratos de energia do governo com a Alstom. Hoje, Alckmin poderia se reeleger no primeiro turno. Mesmo enfrentando uma crise de abastecimento de água, o governador conseguiu agradar a uma fatia dos eleitores com seu estilo mais duro de governar. Ele enfrentou com maior rigor as greves nos transportes, enquanto o prefeito petista Fernando Haddad lidou mal com a greve dos ônibus que atormentou os paulistanos.

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