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Sêneca

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Indígenas realizam nova manifestação na Esplanada dos Ministérios; O movimento reivindica a não aprovação da PEC 215, que prevê a demarcação de terras indígenas e de quilombolas.


Indígenas realizam um novo protesto na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (29/5). O grupo, de cerca de 500 pessoas, se reúne em frente ao Ministério da Justiça. Alguns índios ocupam  faixas da via N1, no sentido Rodoviária do Plano Piloto, mas não complica o trânsito. A Polícia Militar acompanha a manifestação.

Os manifestantes querem uma audiência com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Eles querem a publicação de portarias sobre o reconhecimento das terras indígenas e punição às pessoas que agridem os líderes de movimentos. O grupo ainda repudia matérias em tramitação no Legislativo, entre elas a PEC 215, que passa do Executivo para parlamentares federais a prerrogativa de demarcar terras indígenas e de quilombolas.

Os índios carregam cartazes com frases como: povos indígenas apoiam as populações deslocadas pela copa; podem até matar nossas lideranças, mas jamais impedirão a nossa volta ao nosso tekoha. O movimento quilombola que estava em frente ao Palácio do Planalto se juntou aos indígenas.


Os protestos de movimentos indígenas começaram na terça-feira (27/5), quando entraram em confronto com forças de segurança. Ontem, cerca de 100 pessoas realizaram um ato em frente ao Palácio do Planalto. O grupo chegou a fechar uma pista da Esplanada dos Ministérios.

Sem consenso

Um grupo de 20 lideranças indígenas se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros. Ambos se comprometeram a não colocar em votação nenhuma das matérias listadas pelos índios enquanto não houver consenso. Eles vieram a Brasília de várias partes do país para a semana de manifestações.

Segundo os organizadores do ato, os custos chegaram a R$ 98 mil, bancados por associações regionais de índios e associações ligadas ao tema, como o Centro Indigenista Missionário (Cimi). Eles garantiram que não há dinheiro público no montante, exceto passagens aéreas pagas pelo governo federal a 20 participantes, que vieram à capital para reuniões em conselhos na Funai e no Ministério da Saúde. O restante veio de ônibus. Eles deixarão Brasília hoje.

CorreioBraziliense

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