Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

domingo, 17 de março de 2013

Ocupações revelam déficit habitacional na cidade de Piancó

O problema das ocupações irregulares de terrenos urbanos para moradia da população de baixa renda se repete na maioria das  cidades. O resultado é o crescimento desordenado e o inchaço das cidades com falta de infra-estrutura para garantir as necessidades básicas do cidadão, reconhecidas na Constituição, como o saneamento básico, abastecimento de água, assistência médica, transporte e educação.

Essa realidade é o reflexo dos vários problemas sociais enfrentados por cidades como Piancó, onde existe grande concentração de renda e onde há, historicamente, uma corrente migratória do campo para a cidade em busca de emprego e dos benefícios da vida urbana. A forma para garantir o acesso à moradia é a invasão de terrenos ociosos, seja em grupos que se organizam politicamente ou em atos isolados.

Foi em consequencia disso que um grupo de famílias invadiram um terreno ocioso que fica próximo ao açude do governo (Bairro Campo Novo), na cidade de Piancó, para garantir sua moradia, já que a maioria dos que ali estão a se instalar, não tem nenhuma renda e já perderam as esperanças com as políticas públicas habitacionais, que não chegam até essas pessoas.

Os terrenos localizados naquela parte da cidade tem vários problemas com relação a sua titularidade. Existe até ações na justiça onde proprietários falam que os terenos lhe pertence.

Naquele local o ex-prefeito Gil Galdino fez várias doações de terrenos a pessoas carentes para que se construissem suas moradias. Naquela época foram formados bairros inteiros, com casas de taipa, e hoje estão transformados em lotes valiosos.

Governo e Comunidade
Ao analisar as iniciativas governamentais e as formas de pressão popular pelo direito à moradia e a ação dos grupos politicamente organizados, é possível notar as várias faces do problema de habitação no Brasil. De um lado, os projetos de habitação dos governos municipais e estaduais não dão conta da demanda de moradia nos grandes centros urbanos, porque não há uma padronização e um planejamento a longo prazo das iniciativas, que ficam sujeitas a campanhas eleitoreiras e a paralisação de projetos com a mudança de mandatos dos governantes.

No aspecto urbanístico, o ideal seria a pesquisa, o estudo e o planejamento, para a criação de projetos permanentes, visando às necessidades imediatas da moradia. Estes projetos devem ser renovados permanentemente para acompanhar as mudanças populacionais, tentando tornar as grandes cidades sustentáveis e habitáveis.


OBlogdePianco
Imagem ilustrativa de Internet para não identificar os invasores

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