O
problema das ocupações irregulares de terrenos urbanos para moradia da
população de baixa renda se repete na maioria das cidades. O resultado
é o crescimento desordenado e o inchaço das cidades com falta de
infra-estrutura para garantir as necessidades básicas do cidadão,
reconhecidas na Constituição, como o saneamento básico, abastecimento
de água, assistência médica, transporte e educação.
Essa
realidade é o reflexo dos vários problemas sociais enfrentados por
cidades como Piancó, onde existe grande concentração de renda e onde
há, historicamente, uma corrente migratória do campo para a cidade em
busca de emprego e dos benefícios da vida urbana. A forma para garantir
o acesso à moradia é a invasão de terrenos ociosos, seja em grupos que
se organizam politicamente ou em atos isolados.
Foi em consequencia disso que um
grupo de famílias invadiram um terreno ocioso que fica próximo ao açude
do governo (Bairro Campo Novo), na cidade de Piancó, para garantir sua
moradia, já que a maioria dos que ali estão a se instalar, não tem
nenhuma renda e já perderam as esperanças com as políticas públicas
habitacionais, que não chegam até essas pessoas.
Os terrenos localizados naquela
parte da cidade tem vários problemas com relação a sua titularidade.
Existe até ações na justiça onde proprietários falam que os terenos lhe
pertence.
Naquele local o ex-prefeito Gil
Galdino fez várias doações de terrenos a pessoas carentes para que se
construissem suas moradias. Naquela época foram formados bairros
inteiros, com casas de taipa, e hoje estão transformados em lotes
valiosos.
Governo e Comunidade
Ao
analisar as iniciativas governamentais e as formas de pressão popular
pelo direito à moradia e a ação dos grupos politicamente organizados, é
possível notar as várias faces do problema de habitação no Brasil. De
um lado, os projetos de habitação dos governos municipais e estaduais
não dão conta da demanda de moradia nos grandes centros urbanos, porque
não há uma padronização e um planejamento a longo prazo das
iniciativas, que ficam sujeitas a campanhas eleitoreiras e a
paralisação de projetos com a mudança de mandatos dos governantes.
No
aspecto urbanístico, o ideal seria a pesquisa, o estudo e o
planejamento, para a criação de projetos permanentes, visando às
necessidades imediatas da moradia. Estes projetos devem ser renovados
permanentemente para acompanhar as mudanças populacionais, tentando
tornar as grandes cidades sustentáveis e habitáveis.
OBlogdePianco
Imagem ilustrativa de Internet para não identificar os invasores
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