Marcos Tavares
Historicamente diz-se que a crucificação começou na Pérsia, de onde
foi trazida por Alexandre, o Grande, mas foram os cartagineses e romanos
os maiores adeptos desse tipo de execução. Crucificar constituía-se em
prender o condenado à cruz por pregos ou cordas e deixá-lo morrer em
agonia. A morte sobrevinha normalmente por asfixia já que os braços
distendidos impediam que o diafragma contraísse o pulmão, exigindo do
condenado um longo esforço para respirar. À medida que perdia as forças,
o crucificado recebia menos oxigênio até que seus órgãos entrassem em
colapso.
Para os romanos, a crucificação, além da dor, provocava a vergonha e
humilhação. O condenado, normalmente nu era chicoteado antes de ser
içado ao patíbulo e também era obrigado a levar a barra horizontal de
sua cruz até o lugar do suplício. Na revolta de Spartacus, Roma
crucificou num só dia seis mil escravos presos na guerra, ao longo da
Via Ápia que ficou intransitável por semanas devido ao mau cheiro da
decomposição dos corpos.
A crucificação foi abolida somente no século IV da Era Cristã, mas
foi usada por japoneses contra prisioneiros chineses na guerra entre os
dois países e por indianos nas guerras entre reinos rivais. A
crucificação de Jesus Cristo é o momento culminante da Paixão comemorada
na semana Santa e a imagem da cruz marcou a religião desde os tempos
imemoriais, sendo conhecida hoje universalmente como símbolo de uma
religião.
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