A chuva forte que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na
noite de domingo deixou ao menos 10 mortos na cidade de Petrópolis, na
Região Serrana, a mais atingida pelo temporal que provocou deslizamentos
de terra e alagamentos em consequência de transbordamento de rios,
informou o Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira.
Entre os mortos estariam dois técnicos da Defesa Civil do município, de acordo a Agência Brasil.
Foram registrados 21 deslizamentos de terra em Petrópolis, causando a maioria das mortes, segundo os bombeiros.
"Foram confirmados 10 óbitos relacionados à chuva, mas ainda não
sabemos exatamente as circunstâncias dessas mortes", disse por telefone o
tenente Barros, da Secretaria de Defesa Civil estadual e Corpo de
Bombeiros.
Imagens de televisão mostraram o centro da cidade de Petrópolis
alagado em consequência do transbordamento do rio Quitandinha, e
diversos carros debaixo d'àgua. Também houve alagamentos na Baixada
Fluminense. Os deslizamentos provocaram ainda bloqueios em estradas da
região.
A presidente Dilma Rousseff telefonou para o governador Sérgio
Cabral (PMDB) "oferecendo todo o apoio necessário a Petrópolis e demais
áreas atingidas pelas chuvas por parte do governo federal", informou a
assessoria do governo do Estado. Dilma viajou a Roma e na terça
participa da missa inaugural do papa Francisco no Vaticano.
A Região Serrana do Rio foi atingida em janeiro de 2011 pelo
maior desastre climático da história do país, quando um outro temporal
de grandes proporções deixou quase mil mortos e destruiu diversas casas,
além de alterar a geografia e a topografia de bairros e localidades
urbanas e rurais.
No início do ano passado a chuva também deixou vítimas na região,
onde diversas obras de prevenção a desastres prometidas após a tragédia
de 2011 ainda não foram feitas. Em alguns locais de risco foram
implantados sistemas de sirenes, que segundo as autoridades contribuíram
para uma redução no número de vítimas das chuvas.
(Por Pedro Fonseca)
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