O juiz Alberto Quaresma afirmou nesta quinta-feira (21), que a hipótese
de suicídio de Raymundo Asfora, ex-vice-Governador da Paraíba, não será
discutida no Tribunal do Júri de Campina Grande. Segundo o magistrado,
"o tribunal entende pelo homicídio e será discutida a autoria ou
negativa de autoria por parte dos réus".
Julgamento vai ter foco na autoria do crime (Foto: Taiguara Rangel/G1) |
O julgamento do 'Caso Asfora', ocorrido em 6 de março de 1987, teve início às 9h na comarca de Campina Grande.
O juiz informou que não serão ouvidas testemunhas, apenas haverá
exibição de vídeos com relatos dos fatos e oitiva dos réus, a viúva de
Asfora, Gilvanete Vidal, 60 anos, e Marcelo da Silva, 68.
O Tribunal de Justiça da Paraíba havia anulado o primeiro julgamento,
determinando que os acusados fossem levados a um novo júri popular.
Naquela oportunidade, o Conselho de Sentença havia absolvido os réus,
com base na tese de suicídio.
O Ministério Público recorreu, com o argumento de decisão ter sido
contrária à prova dos autos, já que existe uma perícia técnica que
aponta para um possível homicídio.
Entenda o caso
A morte de Raimundo Asfora aconteceu em 1987. Ele foi encontrado morto no dia 6 de março, dentro de sua granja, no Bairro de Bodocongó, em Campina Grande. À época, o Ministério Público denunciou os acusados que foram indiciados por homicídio qualificado e por concurso de pessoas.
A morte de Raimundo Asfora aconteceu em 1987. Ele foi encontrado morto no dia 6 de março, dentro de sua granja, no Bairro de Bodocongó, em Campina Grande. À época, o Ministério Público denunciou os acusados que foram indiciados por homicídio qualificado e por concurso de pessoas.
História
Nascido na capital cearense Fortaleza, Raymundo Yasbeck Asfora desembarcava em Campina Grande aos 12 anos de idade, em companhia dos pais libaneses no ano de 1942. Aos 18 anos militava nos movimentos estudantis, atuando na luta pela restauração do Grêmio Estudantil Campinense, conquistando a construção da 'Casa do Estudante' mais tarde seria nomeada 'Casa Félix Araújo'.
Nascido na capital cearense Fortaleza, Raymundo Yasbeck Asfora desembarcava em Campina Grande aos 12 anos de idade, em companhia dos pais libaneses no ano de 1942. Aos 18 anos militava nos movimentos estudantis, atuando na luta pela restauração do Grêmio Estudantil Campinense, conquistando a construção da 'Casa do Estudante' mais tarde seria nomeada 'Casa Félix Araújo'.
Cursou a Faculdade de Direito na cidade de Recife, em Pernambuco,
retornando a Campina Grande no ano de 1952 para assumir a Secretaria de
Serviço Social na gestão do prefeito Severino Cabral. Sua colaboração o
leva a ser eleito vereador de Campina Grande em 1955, tornando-se o
líder da oposição ao prefeito Elpídio de Almeida.
Foi eleito deputado estadual em 1958. Em 1964 assumiu, como suplente,
mandato na Câmara Federal de Deputados e posteriormente retornou à
bancada em 1982. Em 1976, é eleito vice-prefeito de Campina Grande na
chapa de Enivaldo Ribeiro, cumprindo mandato de 1977 a 1982. No ano de
1986, aceitou a indicação do seu nome para vice-governador, sendo eleito
junto ao governador Tarcísio Burity governador em 15 de Novembro de
1986.
Além de jurista e político, Raymundo Asfora é coautor de uma das mais
populares composições musicais da região, em parceira com Rosil
Cavalcante, considerada um hino não-oficial de Campina Grande e
intitulada “Tropeiros da Borborema”.
G1
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