A taça da maior competição regional do
Brasil fica em Campina Grande. Na tarde deste domingo, no Estádio
Amigão, o Campinense venceu o ASA por 2 a 0 e se sagrou campeão da Copa
do Nordeste de 2013 sem sofrer sequer um gol em casa. Na campanha, foram
cinco vitórias e um empate em 0 a 0 atuando na Paraíba. Como a Raposa
já havia vencido o primeiro duelo da final por 2 a 1, em Arapiraca, o
placar agregado foi de 4 a 1 para os rubro-negros.
A conquista ainda
garantiu à equipe uma vaga na Sul-Americana do ano que vem.
Primeiro tempo corrido e sem gols
Uma final de campeonato não poderia começar em marcha lenta. Em um
estádio completamente lotado, o jogo foi disputado nos primeiros
minutos. Embora o ASA estivesse em desvantagem, era o Campinense quem
tomava mais iniciativa na partida. Na verdade, a Raposa, liderada por
Bismarck, conseguia escapar da marcação alvinegra. Aos sete minutos,
Jéfferson Maranhense entrou na área e tentou cavar um pênalti, mas o
árbitro Jailson Macedo Freitas ignorou a encenação.
Seria arriscando de fora que o Rubro-Negro levaria mais perigo ao gol de
Gilson. O atacante Zé Paulo recebeu do zagueiro Anderson, driblou Edson
Veneno e bateu forte. A bola passou à direita da meta adversária. O ASA
não demorou a reponder. Wanderson costurou a defesa raposeira e chutou
no canto de Pantera, que evitou o primeiro gol da decisão.
A partir daí, o jogo ficou aberto.
Aos trocar passes com rapidez no meio
de campo, o Campinense confundia os volantes e os zagueiros alvinegros e
ameaçava o gol de Pantera. O Fantasma, por sua vez, não deixou de usar o
recurso pelo qual ficou marcado na competição: o contra-ataque. Com
investidas fulminantes, o time arapiraquense quase marcou mais uma vez
com Wanderson. A Raposa, contudo, era feroz na marcação e impedia uma
finalização mais eficaz do adversário. Assim, a equipe de Oliveira
Canindé manteve a vantagem do empate para o segundo tempo.
Campinense marca na volta do intervalo
Se na primeira etapa a rede esteve próxima de balançar, na segunda não
demorou muito para o placar sair do zero. Com um minuto, Zé Paulo foi ao
fundo e cruzou da direita para Jéfferson Maranhense, que empurrou de
cabeça para o barbante: 1 a 0 Campinense. O ASA sentiu o baque.
Visivelmente abatida, a equipe ficou perdida em campo após o gol.
Enquanto a Raposa buscava ampliar a vantagem, o Fantasma continuava
tímido.
Ao observar a pouca criatividade da equipe, Leandro Campos
colocou Pedro Silva no lugar de Thalisson, que não fazia boa partida. No
entanto, a situação ficou ainda mais crítica para o ASA quando o
zagueiro Fabiano fez falta dura em Glaybson e, como já tinha amarelo,
foi expulso.
Bismarck era o melhor jogador do Campinense em campo, mas, como ainda se
recuperava de uma lesão na coxa, foi substituído, aos 24, por Ricardo
Maranhão. O meia raposeiro, na verdade, abriu espaço para seu
companheiro brilhar. Dez minutos após a troca, o Rubro-Negro arrancou
num contra-ataque em que Dedé invadiu a área do ASA e rolou para Ricardo
Maranhão, que dominou e tocou com categoria no ângulo de Gilson. O gol
decretou não só a vitória, como o título do Campinense. O time raposeiro
já havia começado a agarrar a taça em Arapiraca e, ao apito final do
árbitro, pôde comemorar a conquista ao lado de sua torcida.
FICHA TÉCNICA
CAMPINENSE 2 X 0 ASA
Local: Amigão, em Campina Grande (PB)
Data: 17/03, às 16h
Arbitragem: Jailson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Thiago Brigido (CE) e Izac Márcio (RN)
Gols: Jéfferson Maranhense, aos 1′/2ºT ; Ricardo Maranhão, aos 34′/ºT
Cartões amarelos: Edson Veneno, Fabiano (2), Chiquinho Baiano e Didira
(ASA)
Cartões vermelhos: Fabiano (ASA)
Campinense: Pantera; Tiago Granja, Anderson Rosa, Roberto Dias e Panda;
Dedé, Edvânio, Glaydson e Bismarck; Zé Paulo e Jéfferson Maranhense.
Técnico: Oliveira Canindé.
ASA: Gilson; Osmar, Fabiano, Edson Veneno (Rafael Pedro, aos 9′/2ºT) e
Chiquinho Baiano; Jorginho, Cal, Thalisson (Pedro Silva, aos 14′/2ºT) e
Didira; Wanderson e Léo Gamalho. Técnico: Leandro Campos.
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