Em depoimento à Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, a empresária Andrea Aprígio negou
nesta quarta-feira (8) que suas empresas fossem usadas pela organização
criminosa supostamente comandada por seu ex-marido, Carlos Augusto de
Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele está preso desde fevereiro em
Brasília.
Após se negar a responder a perguntas
do relator da CPMI, em acordo com a defesa de Andrea, o presidente da
comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou a decisão de
transformar a sessão em secreta.
Nos minutos iniciais, Andrea se
declarou engenheira civil, advogada e dona do laboratório Vitapan, de
uma empresa de engenharia e de manter uma instituição filantrópica em
Anápolis. "Minhas empresas estão sendo acusadas injustamente de ser
canais de atividades ilícitas", defendeu-se.
De acordo com Andrea, o laboratório
passou a ser administrado por ela após o divórcio com Cachoeira, com
quem foi casada por quase 20 anos. Ela disse ainda que a empresa foi
adquirida com recursos legais na época em que Cachoeira operava com
concessões lotéricas.
Mesmo munida de uma liminar concedida
pela Supremo Tribunal Federal (STF), Andrea usou os primeiros 20 minutos
da explanação inicial para se defender das suspeitas de ser "laranja"
de Cachoeira. Ela negou ter qualquer tipo de relação profissional com
Cachoeira e disse que, até quando era casada com ele, os dois mantinham
carreiras profissionais distintas. "A única relação que existe entre mim
e Cachoeira é a de preservação de um vínculo familiar", destacou.
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