Às vésperas da estreia do horário político no rádio e na TV, a presidente Dilma Rousseff
lembrou seus ministros que nenhum deles pode recorrer à "agenda dois em um" para pedir votos em campanhas municipais
. A proibição já consta de cartilha produzida pela Advocacia-Geral da
União (AGU), mas Dilma quis reforçar a determinação para evitar que o
governo seja acusado de uso da máquina pública nas disputas pelas
Prefeituras.
Em
recentes reuniões no Palácio do Planalto, a presidente disse que não
admitirá "compromissos casados" em que auxiliares aproveitam atos
oficiais no fim de semana, com viagens em aviões da Força Aérea
Brasileira (FAB), e depois esticam a visita para subir em palanques.
Quando isso ocorrer, o cabo eleitoral da Esplanada terá de pagar
passagem e estadia do próprio bolso.
Dilma
também proibiu os subordinados de entrarem em "bola dividida" em
capitais consideradas prioritárias por aliados do porte do PMDB ou do
PSB. Caberá ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
a tarefa de apaziguar os ânimos onde houver conflito.
Apesar da preocupação do governo e do PT com o impacto do julgamento do mensalão
nas campanhas - especialmente na de Fernando Haddad
, em São Paulo, e na de Patrus Ananias
, em Belo Horizonte -, a ordem é amenizar essa interferência. "As
pessoas querem saber dos problemas de sua cidade", afirmou o ministro
da Saúde, Alexandre Padilha. Ex-militante da Juventude do PT, Padilha é
o mais requisitado da Esplanada pelos candidatos. Ele já gravou 104
vídeos para internet e TV e está até no You Tube. "Vou onde me chamam",
desconversou.
São Paulo
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra
, classificou neste sábado (11) como um ato isolado a iniciativa de uma
diretora regional da Secretaria Estadual de Educação de convocar
oficialmente dirigentes de escolas públicas para uma reunião de apoio à
sua campanha, conforme informou reportagem do jornal Folha de S.Paulo
. "Não há uso de máquina pública como política de campanha", disse
Serra ao visitar a Bienal do Livro na zona norte da cidade. Segundo o
governo estadual, a servidora foi afastada.
Fernando Haddad, que participou de uma plenária, também comentou o episódio, fazendo uma alusão ao incidente do vídeo publicado em seu site oficial
, que compara Serra ao ditador alemão Adolf Hitler. "Quando eles
(tucanos) detectarem um erro como o de hoje, é melhor agir rápido com
eu. Isso contribui para um clima favorável na campanha. Se fingir que
nada aconteceu, é ruim", afirmou.
O vídeo acabou criando uma crise na campanha petista
da internet, quando três funcionários pediram demissão em solidariedade
ao funcionário demitido após inserção de imagem no site oficial; Dois
voltaram atrás na decisão.
Com Agência Estado
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