Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

terça-feira, 22 de maio de 2012

Em Brasília, Collor é só mais um senador

Ele foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar. Primeiro a sofrer um processo de impeachment. E o mais jovem da história a comandar o País. Hoje, aos 62 anos, Fernando Affonso Collor de Mello é um senador . Na vida pessoal, mantém alguns amigos dos tempos áureos e fez novas amizades ao marcar presença em festinhas infantis para as quais as filhas gêmeas são convidadas.

 As meninas Celine e Cecille, 6 anos, são filhas de Collor com a arquiteta de interiores Caroline Medeiros. Ela tem 34 anos. A família mora na Casa da Dinda, residência que Collor utilizou enquanto esteve na Presidência da República, de 1990 a 1992. Em setembro daquele ano, a Câmara dos Deputados decidiu afastá-lo da Presidência. A queda teve início a partir de uma entrevista do irmão, Pedro Collor, que denunciou um esquema de corrupção no governo.

Empresário, ex-senador e ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio é um dos amigos de Collor que acompanharam toda sua trajetória. Desde a juventude, quando ambos se encontravam em rodadas de chope, passando pela campanha presidencial de 1989 e a saída da Presidência três anos depois. O encontro mais recente entre os dois foi há um mês e meio, durante almoço oferecido por Paulo Octávio em um dos seus hotéis em Brasília.

“Almoçamos no Manhathan (hotel que o empresário mantém no bairro Asa Norte). Nunca perdemos o contato”, conta Paulo Octávio ao iG. Questionado sobre o que mudou em Collor nesses 20 anos, o empresário responde de imediato. “Ele era mais alegre. Esses anos o deixaram mais endurecido. Foi muito desgaste, muita pressão”, completa o empresário, que, em 2010, após um escândalo no DF, renunciou ao cargo de vice-governador.

Adriano Ceolin, iG Brasília

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