A Anistia Internacional cobrou respostas de autoridades do Rio de
Janeiro sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de
Souza, 42 anos, há 30 dias. A organização não governamental, a Comissão
de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj) e o grupo Fazer o Certo promoveram ontem, no Dia dos
Pais, um protesto na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, que reuniu
cerca de 50 pessoas. A intenção era de pedir explicações sobre o sumiço
de Amarildo. Participaram do ato a mulher e os seis filhos do ajudante
de pedreiro, além de amigos e artistas. Os parentes da juíza Patrícia
Accioli, assassinada na porta de casa com 21 tiros, em 2011, também
foram ao local. No ato, havia uma faixa grande da anistia com os
dizeres: “Onde está Amarildo?”. Várias pessoas também usaram camisas que
estampavam a mesma frase.
O ajudante de pedreiro desapareceu no último dia 14 após ser levado
para averiguação na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O
presidente da Anistia Internacional, Átila Roque, afirmou que “é preciso
que seja dada uma resposta à sociedade para que não paire nenhuma
dúvida sobre as circunstâncias da morte do Amarildo.”
Depois que o pedreiro desapareceu, o ex-delegado adjunto da 15ª
Delegacia Policial (DP) da Gávea, na zona sul da cidade, Ruchester
Marreiros apresentou relatório em que indicava o envolvimento da família
de Amarildo com o tráfico de drogas. O relatório não chegou a ser
considerado pelo delegado titular da 15ª DP responsável pelo caso,
Orlando Zaccone, mas a alegação é vista como uma tentativa de desviar a
atenção do caso. “Estão querendo sair do foco e querendo me envolver”,
disse a mulher de Amarildo, Elisabeth de Souza.
Fonte: Correio Braziliense
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