Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Realidade jornalistica




Cemitério das Notícias




"O cemitério das notícias serve para compreendermos que nem todos os nascimentos são inocentes, nem todas as mortes são naturais."


A atividade jornalística funciona a partir de supostos acontecimentos; sua verdade se faz no legitimar dos fatos e também na subjetividade do seu limiar.
O paradigma de jornalismo exercido nos padrões atuais de hoje (teve, tem e talvez siga novos rumos) obedece a um seguimento imediatista, onde o tempo se apresenta como seu principal aliado, favorecendo a veiculação e o pioneirismo da informação. Mesmo que se digam; que “A melhor notícia não é aquela se dá primeiro, e sim aquela que se da com mais informação e verdade”.
Nesse contexto o surgimento e a morte da notícia têm lá suas necessidades e consequências. O nascer e o surgir de uma notícia apresenta no seu conteúdo heterogeneidade, o nascimento é concreto, o surgimento é abstrato.
Porém há informações veiculadas no nascimento de uma notícia na qual se subtende incrédula, mas de proporções legítimas, nos levando a crer na impossibilidade do fato, como é o caso da chegada do homem a lua; como também há no surgimento de uma notícia, verdades para se comprovar uma inverdade manipulada por um chefe de estado, subjetivando valores para seu país, fazendo crer a todos a importância dessa “mentira” para a segurança do seu país.(refiro-me, a acusação de produção de armas de destruição em massa, química e biológica pelo ex-presidente dos USA George W. Bush ao então presidente do Iraque Saddam Russein, informação comprovada depois pela ONU, com inverdade.
Diante do pressuposto compreende-se que em ambas vertentes, uma noticia morre pela incredibilidade do fato, ou seja, sua morte não é natural, e a outra se apresenta sem nenhuma inocência, com a intenção de sobrepor-se a valores e interesses.
E nesse cemitério de informações, de certa forma, a notícia acaba se sepultando; quando não serve de embrulho para peixe numa feira livre ou pesquisa.

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