Lindolfo
Pires diz que é uma temeridade, que beira a irresponsabilidade, colocar
nas mãos de profissionais não qualificados a vida dos brasileiros
“O que falta no país são investimentos em infraestrutura para que os
médicos desempenhem bem seu trabalho e não a contratação de
profissionais estrangeiros. É uma temeridade, que beira a
irresponsabilidade, essas contratações, pois bota nas mãos de
profissionais não qualificados a vida dos brasileiros”.
Foi com essa frase que o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM)
justificou a autoria da propositura que possibilitou a realização da
audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira, 23, na
Assembleia Legislativa para debater a contratação de médicos
estrangeiros, sem revalidação de diplomas, como determina decreto da
Presidência da República.
Lindolfo Pires é contrário a contratação de médicos estrangeiros. Em
seu pronunciamento ele disse que “estudo recente do Conselho Federal de
Medicina (CFM) demonstra que não há escassez de médicos no país.
Ao contrário, os números indicam que o volume de profissionais
médicos cresceu, percentualmente, quase o dobro que o crescimento total
da população durante o período de 2000 a 2009. ao longo desses anos, a
quantidade de médicos em todo o país aumentou em 27% enquanto a
população cresceu 12%”, declarou o deputado.
Lindolfo destacou ainda que a falta de qualificação dos estrangeiros é
clara, pois em 2011, dos 677 profissionais de fora do país que fizeram o
exame de revalidação do diploma 612 foram reprovados, o que representa
mais de 90%.
“Na minha opinião é uma temeridade, que beira a irresponsabilidade,
pois bota nas mãos de profissionais não qualificados a vida dos
brasileiros. Considero legítima a reação dos médicos a contratação dos
profissionais, que não resolverá a crise da saúde”, disse.
O democrata questionou ainda “como os médicos estrangeiros, sem
estarem preparados profissional e pessoalmente, vão se comunicar em
outra língua com a nossa população? Não temos dúvidas de que isto pode
afetar o seu desempenho profissional e, eventualmente, colocar a vida do
paciente em risco”.
A sessão proposta pelo deputados Lindolfo Pires (Democratas), que
teve como coautor o deputado José Aldemir (PEN), contou com a
participação dos deputados Janduhy Carneiro (PEN), Carlos Dunga (PTB),
Domiciano Cabral (Democratas) e Wilson Braga (PEN); Deputado federal
Damião Feliciano (PDT); o presidente do Conselho Regional de Medicina da
Paraíba (CRM-PB), João Medeiros; o presidente do Sindicato dos Médicos
(Simed), Tarcísio Campos; o presidente da Comissão de Saúde da OAB-PB,
Paulo Menezes Cabral; o representante dos estudantes de Medicina,
Arnaldo Júnior e representantes da sociedade civil organizada.
Redação com Ascom
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