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Sêneca

sábado, 25 de maio de 2013

Autor da sessão para debater importação de médicos cubanos teme pela vida dos pacientes brasileiros

linLindolfo Pires diz que é uma temeridade, que beira a irresponsabilidade, colocar nas mãos de profissionais não qualificados a vida dos brasileiros
“O que falta no país são investimentos em infraestrutura para que os médicos desempenhem bem seu trabalho e não a contratação de profissionais estrangeiros. É uma temeridade, que beira a irresponsabilidade, essas contratações, pois bota nas mãos de profissionais não qualificados a vida dos brasileiros”.

Foi com essa frase que o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM) justificou a autoria da propositura que possibilitou a realização da audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira, 23, na Assembleia Legislativa para debater a contratação de médicos estrangeiros, sem revalidação de diplomas, como determina decreto da Presidência da República.

Lindolfo Pires é contrário a contratação de médicos estrangeiros. Em seu pronunciamento ele disse que “estudo recente do Conselho Federal de Medicina (CFM) demonstra que não há escassez de médicos no país.

Ao contrário, os números indicam que o volume de profissionais médicos cresceu, percentualmente, quase o dobro que o crescimento total da população durante o período de 2000 a 2009. ao longo desses anos, a quantidade de médicos em todo o país aumentou em 27% enquanto a população cresceu 12%”, declarou o deputado.

Lindolfo destacou ainda que a falta de qualificação dos estrangeiros é clara, pois em 2011, dos 677 profissionais de fora do país que fizeram o exame de revalidação do diploma 612 foram reprovados, o que representa mais de 90%.

“Na minha opinião é uma temeridade, que beira a irresponsabilidade, pois bota nas mãos de profissionais não qualificados a vida dos brasileiros. Considero legítima a reação dos médicos a contratação dos profissionais, que não resolverá a crise da saúde”, disse.

O democrata questionou ainda “como os médicos estrangeiros, sem estarem preparados profissional e pessoalmente, vão se comunicar em outra língua com a nossa população? Não temos dúvidas de que isto pode afetar o seu desempenho profissional e, eventualmente, colocar a vida do paciente em risco”.

A sessão proposta pelo deputados Lindolfo Pires (Democratas), que teve como coautor o deputado José Aldemir (PEN), contou com a participação dos deputados Janduhy Carneiro (PEN), Carlos Dunga (PTB), Domiciano Cabral (Democratas) e Wilson Braga (PEN); Deputado federal Damião Feliciano (PDT); o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), João Medeiros; o presidente do Sindicato dos Médicos (Simed), Tarcísio Campos; o presidente da Comissão de Saúde da OAB-PB, Paulo Menezes Cabral; o representante dos estudantes de Medicina, Arnaldo Júnior e representantes da sociedade civil organizada.


Redação com Ascom

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