Passado
o corre-corre das filiações, é chegada a hora de contabilizar perdas e
ganhos. Mesmo com os bancos em greve, no extrato das filiações com
vistas às eleições de 2014, uma coisa não se discute nas rodas
políticas: o PMDB foi o que mais saiu no vermelho. Se fosse uma empresa,
teria quebrado.
Perdeu,
de cara dois deputados federais, o que por si só representa a maior
perda de quaisquer uma das legendas políticas no Estado, Wilson Filho e
Benjamin Maranhão. Viu ainda, inerte, o adeus de Iraê Lucena, sem contar
nas perdas menos recentes de Doda de Tião, Wilson Braga e lideranças
locais como o filho de Márcio Roberto.
Com pretensões de encabeçar uma chapa majoritária em 2014, o PMDB saiu do processo de filiações como a Alemanha do pós-guerra.
Já
o Partido dos Trabalhadores disputa o vexame das filiações com o PMDB.
Só não se pode dizer que saiu pior porque não perdeu tanto o que tinha.
Por outro lado, o partido da presidente Dilma e do prefeito Luciano
Cartaxo, se contentou a anunciar a filiação do presidente da OAB, Odon
Bezerra, para fugir do saldo zero. E, claro, do grande e notável e
eleitoralmente forte Fernando Milanez Neto, filho do vereador Fernando
Milanez, que é do PMDB. Se soubesse deveria ter filiado pela segunda vez
o vereador Bira para dar um pouco mais de brilho à festa.
Os dois principais partidos da oposição no Estado, portanto, saíram do processo menores ou do mesmo tamanho que entraram.
Entre
as principais legendas governistas, PSDB e PSB houve uma movimentação
dentro dos limites. Não filiaram quase ninguém “do outro lado”, mas
filiaram em quantidade e variedade.
Especialmente, não brigaram. O PSDB fez a festa dos “ex”, filiando os
ex-deputados Dunga Júnior, Armando Abílio e Quinto de Santa Rita, e
recheando o bolo com a deputada Iraê Lucena. O PSB da mesma forma,
começou com o recheio de Hervázio Bezerra e completou o bolo com o
ex-petista Jeová Campos e o ex-prefeito Buba Germano, figuras de proa em
suas áreas de atuação. No final, os dois partidos cumpriram, dentro de
suas possibilidades, a tabela. Armando o terreno para 2014.
O Democratas, coitado, teve que se contentar a comemorar o fato de não perder ninguém.
O
PTB do ex-senador Wilson Santiago, dentro os medianos, foi o que mais
surpreendeu. Confirmou a filiação de um federal – Wilson Filho – e de um
estadual – Doda de Tião e deixou claro que está no circuito.
Já
o PEN do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo, escapou
daquela previsão que todos faziam, que o partido iria perder mais da
metade dos deputados filiados. Só perdeu um. E ainda emplacou um dos
nomes que, se confirmado como candidato, poderá ser um dos mais votados
de 2014, o apresentador Samuka Duarte.
Além
da expectativa para filiação nacional de Marina Silva, ainda não
confirmada até o fechamento deste artigo, o que alavancaria a legenda no
Brasil inteiro.
Paremos
por aqui já que, neste país, a quantidade de partidos é tanta que
seriam necessárias dez laudas de um artigo para tratar de cada um.
DO BLOG LUIZ TORRES
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