Em relação ao acidente com o
ônibus da empresa Rodoviária Santa Rita que deixou 40 feridos e três
mortos, no último sábado, no viaduto das Três Lagoas, no bairro de
Oitizeiro, o procurador geral do Ministério Público da Paraíba (MPPB),
Bertrand Asfora, informou que o secretário de Estado da Segurança e da
Defesa Social (Seds), Claudio Lima, solicitou que fosse designado um
promotor para acompanhar o inquérito policial. “Tive contato com o
governador e com o secretário que pediu para acompanhar o caso”,
afirmou.
Já na Capital, os usuários de coletivos reclamam da
falta de infraestrutura de alguns carros que ficam recorrentes em
algumas linhas como a 003 Jaguaribe. “Demora muito para chegar um
ônibus. Já peguei um que estava com as cadeiras quebradas. Quando passou
por um quebra mola, o banco pulou. A gente paga por um ônibus que não é
bom”, reclamou a estudante Eloisa Carateu. A aposentada Maria da Penha
do Nascimento, 70, disse que não se importa com a sujeira, mas reclama
da demora. “A gente espera muito tempo”, afirmou.
Eventualidade
O
diretor executivo da Associação das Empresas de Transportes de João
Pessoa (AETC JP), Mário Tourinho, explicou que o que pode ter ocorrido é
que esses carros antigos estavam circulando por eventualidade. “Quando
um quebra ou precisa de revisão é substituído e talvez esse antigo foi
colocado para circular. Isso é uma eventualidade, mas sabemos que é
lastimável”, afirmou.
A maioria dos ônibus da capital tem entre
5 e 6 anos. Segundo a Semob, 87 carros estão com essa idade. O segundo
maior número está entre 3 e 4 anos, com 83 veículos, seguido por entre 4
e 5 anos, com 69 carros.
Fiscalização
A
vistoria nos ônibus intermunicipais da Paraíba é feita pelo
Departamento de Estradas de Rodagens (DER). Segundo a diretora de
Transportes, Nilza Magalhães, a frota da Região Metropolitana da Capital
é mais antiga e por conta disso, a vistoria é semestral. Já nas que
circulam nos demais municípios é feita anualmente, se a frota for nova.
“A vistoria é feita na empresa. Se o carro estiver sem condições de
circular, o veículo é retirado e notificado por um patrulheiro. A
empresa é informada sobre o ocorrido”, afirmou.
Legislação limita idade
O
chefe de Fiscalização de Transporte da Semob, Rodrigo Sávio, informou
que diariamente faz fiscalização por meio de denúncias via telefone,
e-mail e outras formas de comunicação. Ele disse que a frota de ônibus
deve ser renovada a cada 10 anos conforme legislação municipal. A
vistoria ocorre nos terminais de bairros, nas empresas ou mesmo na rua,
dependendo do nível de emergência da denúncia. Segundo Rodrigo Sávio, as
fiscalizações ocorrem nos terminais de bairros e nas empresas, podendo
acontecer na rua, dependendo da denúncia e se for emergencial. É
necessário que o passageiro informe o prefixo, a linha e dia/horário que
pegou o coletivo. “Já encontramos ônibus com bancos quebrados”,
afirmou. Nesse caso, é determinado o recolhimento do carro e a empresa
notificada.
O assistente administrativo do setor de Vistoria
Veicular, Washington José de Sousa Silva, informou que três carros,
sendo dois da Marcos da Silva e um da Mandacaruense, que têm 13 anos
continuam circulando pela Capital apesar de ser determinada a renovação a
cada 10 anos. Segundo Washington, 59 ônibus foram adquiridos este ano.
Do total de 541 cadastrados, 267 são adaptados com plataforma de acesso.
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