Imagem Ilustrativa de Internet |
Dez
anos após a solução do caso Pedrinho - roubado no Hospital Santa Lúcia
horas depois do nascimento -, uma situação similar quase ocorreu no
Hospital Regional de Brazlândia (HRB). Com um crachá da Secretaria de
Saúde pendurado no pescoço e uma desculpa para permanecer na maternidade
da unidade, a agente comunitária de saúde do Centro Rural de Ceilândia
L.M.S., 28 anos, tentou subtrair dois recém-nascidos para apresentá-los à
família como seus filhos. No entanto, o choro de uma das crianças
alertou uma visitante e funcionários do hospital que conseguiram
impedir a fuga, em final bem mais feliz do que o de Pedrinho.
Por
volta das 8h, L.M.S. chegou à unidade de saúde, apresentou
identificação legítima da secretaria e informou aos funcionários do
local que faria uma visita para conhecer as instalações do hospital, com
finalidade de fazer uma pesquisa.
Pouco
depois das 16h, a agente comunitária aproveitou a ausência de pessoas
na maternidade, colocou um casal de recém-nascidos em uma bolsa feminina
azul e tentou sair às pressas. A menina nasceu ontem, às 12h, apenas
quatro horas antes da tentativa de sequestro. O menino, no último dia
17. Ambos passam bem.
Suspeitas
Porém,
a fuga foi interrompida a partir das suspeitas de Maria Francinete
Barreira, funcionária do Hospital de Base do DF, que visitava o neto na
unidade de Brazlândia e escutou o choro vindo da bolsa carregada por
L.M.S.. Sem pensar duas vezes, informou a funcionários responsáveis pela
limpeza, que, posteriormente, acionaram a equipe de seguranças da
unidade. "A bolsa começou a mexer e o bebê chorou. Perguntei para onde
ela estava indo e ela apressou o passo.
Então
me toquei: ‘meu Deus, as crianças', e chamei o pessoal da limpeza",
comentou Francinete. Contida pouco antes de chegar em seu automóvel,
L.M.S. foi encaminhada à 18ª Delegacia de Polícia.
Segundo
o coordenador-geral de Saúde do Hospital de Brazlândia, Paulo Lisbão, a
acusada circulou principalmente pela maternidade, com supervisão da
enfermeira chefe da área em alguns momentos. "Temos o cuidado de sempre
permitir entrada só de funcionários, mas essa pessoa possuia um crachá
semelhante ao da Secretaria de Saúde", comentou.
Além
da exigência de identificação, a unidade dispõe de cerca de 30 câmeras
de segurança, inclusive no corredor que dá acesso à maternidade. As mães
preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
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