Polícia reforça suspeita de que morte de agente da PF foi premeditada
Precisão
dos tiros, rapidez no ataque e posição das mãos da vítima antes do
disparos levam os investigadores da morte do agente federal Wilton
Tapajós a acreditar na possibilidade de ação planejada e executada por
profissional. Arma usada é a preferida dos pistoleiros
Corpo de Tapajós no Campo da Esperança: segundo a polícia, os assassinos agiram com frieza |
As
circunstâncias do assassinato do policial federal Wilton Tapajós
Macêdo, 54 anos, apontam para um crime planejado. As evidências
reunidas até agora afastam a possibilidade de latrocínio (roubo com
morte) e reforçam a ideia de que houve uma execução, motivada por
vingança ou acerto de contas. A forma como o agente foi morto (rendido
e com as mãos na cabeça), a ação rápida e a precisão dos tiros levaram
a polícia a acreditar em vingança executada por atirador profissional.
“Há indícios de que o crime foi premeditado. Os assassinos foram muito
frios. Não foi um atentado contra a Polícia Federal, mas contra a
Segurança Pública”, declarou a superintendente da PF em Brasília, Silvana Helena Vieira Borges, durante o velório do agente, no Cemitério Campo da Esperança.
Até
o momento, os investigadores sabem que o assassino usou um revólver com
tambor, provavelmente um calibre .38, que tinha munição especial. O
armamento é mais difícil de ser manuseado, mas aparece como um dos
preferidos dos pistoleiros. As cápsulas ficam preservadas na arma, e o
projétil, no corpo da vítima. O policial foi morto na última
terça-feira, por volta das 15h, no momento em que estava no Cemitério
Campo da Esperança e diante do túmulo dos pais. Tapajós acabou
surpreendido pelas costas. Levou um tiro na nuca e, ao cair, recebeu
outro na têmpora. O agente foi enterrado às 11h de ontem na mesma
sepultura dos pais, com a presença de, pelo menos, 500 pessoas.
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