Operações de compra e venda em moeda estrangeira
poderão ser feitas em máquinas semelhantes aos caixas eletrônicos
usados para saques no país. Decisão do Conselho Monetário Nacional
(CMN) autoriza que instituições que já realizam operações de câmbio,
como bancos e corretoras, instalem essas máquinas em locais de grande
circulação de turistas.
Cada operação terá limite máximo de US$ 3 mil. A
máquina fará a troca de moedas em cédulas - ou seja, o consumidor terá
de inserir notas de real para sacar dólar ou vice-versa, por exemplo.
Será preciso ter um cartão de bandeira internacional para realizar a
operação. Isso servirá para identificar a pessoa que estiver trocando
moedas, o que é obrigatório no Brasil. Não será possível comprar moeda
estrangeira no cartão.
O objetivo da medida é facilitar a troca de moedas
estrangeiras devido ao esperado aumento de turistas no país com a
realização da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016 no Brasil. “Essas
máquinas vão funcionar 24 horas, inclusive nos fins de semana,
justamente para atender as pessoas quando as instituições não estiverem
funcionando”, disse o secretário executivo do Banco Central (BC),
Geraldo Magela. Ele diz que cerca de 2 mil dessas máquinas já são
utilizadas em quase toda a Europa.
Elas podem trocar qualquer moeda, mas o mais
provável é que os bancos e corretoras ofereçam apenas as moedas mais
negociadas, como dólar e euro. A decisão do CMN precisa ser
regulamentada pelo BC, o que deve ser feito na próxima semana, segundo
Magela. O início do uso das máquinas, no entanto, vai depender do
interesse dos bancos.
O CMN aprovou ontem também outra medida para
aumentar as opções de troca de moeda. Agora, bancos e corretoras
poderão contratar qualquer empresa como correspondente cambial. Antes,
apenas empresas do setor de turismo registradas no Ministério do
Turismo podiam ser contratadas.
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