Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Perícia encomendada pela avó de Bernardo aponta que mãe não cometeu suicídio

Enfermeira foi encontrada morta por um tiro de revolver calibre trinta e oito no consultório médico de Leandro Boldrini, pai da criança e seu ex-marido


Bernardo Boldrini com a mãe, Odilaine, e a avó Jussara (Álbum de Família/VEJA)
 Uma perícia encomendada por Jussara Uglione, avó do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, assassinado em abril deste ano no Rio Grande do Sul, apresentada pelo Fantastico, da TV Globo, levantou questionamentos sobre a versão dada pela polícia a respeito de outra tragédia na família: o suicídio da mãe do garoto, Odilaine Uglione, em fevereiro de 2010.

A enfermeira foi encontrada morta por um tiro de revolver calibre trinta e oito no consultório médico de Leandro Boldrini, pai da criança e seu ex-marido. À época, depois da abertura do inquérito, a perícia enviou à delegada Caroline Bamberg, a mesma que trata do assassinato de Bernardo, laudo que apontava que Odilaine cometera suicídio.

Os métodos técnicos de investigação foram questionados por uma empresa paulista de perícia particular, responsável pela emissão do laudo que aponta que Odilaine não se matou. Os especialistas se baseiam em dois erros cometidos na análise da polícia. Um deles aponta que não foi realizado um exame nas roupas dos envolvidos, para determinar se houve uma briga antes do disparo. A outra afirma que não foi feito o exame residual, que aponta a presença de pólvora nas mãos de Leandro Boldrini - acusado ao lado da atual esposa de ter arquitetado o crime contra o garoto.

A empresa constata ainda que a pólvora encontrada na mão de Odilaine só foi observada na mão esquerda, mas que, pelo fato de a enfermeira ser destra, isto sugeriria a hipótese de uma defesa, ao supostamente ter tentado afastar a arma.

Caroline Bamberg disse ao Fantástico que não concorda com a reabertura do caso e afirma que as teses não são suficientes para duvidar do parecer da perícia oficial. A delegada se vale ainda de depoimentos dados por Odilaine à sua empregada doméstica e a companheiros de um centro espírita, pouco antes do ocorrido, de que planejava tirar a própria vida.

Fonte: Veja

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