No fim da década de 80, quando
se usava cédula de papel e os votos passavam por contagem manual em
todo o país, o Distrito Federal aparecia na escala da evolução
democrática com uma era de atraso. Naquele tempo, nem sequer havia
eleição direta para a escolha de governadores, indicados a partir da
vontade do presidente da República. Foi nessas condições que, em 1988,
Joaquim Roriz tomou assento pela primeira vez no Palácio do Buriti.
Ocuparia o gabinete de chefe do Executivo por catorze anos, distribuídos
em quatro mandatos. Tornou-se, assim, o mais longevo homem público da
capital, expoente de um estilo jurássico de personificação do mandato,
algo que restringe um dos movimentos mais saudáveis da democracia, o da
alternância de poder. Pesquisas qualitativas indicam que a população
está insatisfeita com seus governantes e quer renovação. Mas, em
outubro, algumas das fotos que serão exibidas nas urnas do DF não deixam
muita alternativa ao eleitor. Elas representarão dinossauros da política candanga que já tiveram suas virtudes e seus vícios testados e, agora, estão de volta.
(Ilustração: Kacio Pacheco)
No plantel de candidatos, Roriz ficou de fora. Está muito doente e vive a expectativa de um
delicado transplante de rim. Mas seu sobrenome ainda tem um peso capaz
de encaminhar os rumos da disputa. Os dois personagens mais resistentes
nesse embate pelo Buriti já abocanharam juntos quase 3 milhões de votos.
No topo da cadeia, está o voraz José Roberto Arruda (PR). Com três
mandatos na biografia, um de senador, outro de deputado federal e o
último como governador do DF, ele já amealhou em sua carreira pública
1 467 018 votos, somando as quatro vezes em que se candidatou. A
despeito das intempéries que sofreu em duas décadas de trajetória, tem
mostrado que é tão sedento quanto um tiranossauro rex, o mais feroz dos
animais pré-históricos. Abatido politicamente em dois momentos, perdeu o
posto de senador em 2001, no episódio da violação do painel, e, no ano
de 2010, ficou dois meses preso. Acabou destituído do cargo de governador, uma consequência da Operação Caixa de Pandora.
Na época, Arruda protagonizou um filme que, para o Ministério Público,
está longe de ser uma peça de ficção. Flagrado recebendo dinheiro de
Durval Barbosa, operador e delator de um engenhoso esquema de corrupção
que envolvia empresários, deputados e gestores públicos, o então chefe
do Executivo foi ao chão. Depois de solto, passou a viver em São Paulo,
afastou-se de aliados, tomou remédios para a depressão e fez as vezes de
babá de sua filha Maria Luísa. Durante quase três anos, pouco se ouvia
falar de Arruda. Encorajado pela convicção de sua força política e
econômica, o ex-governador tentará reconquistar seu rebanho eleitoral e
retomar o poder.
Na fauna onde os dinossauros lutam pela sobrevivência,
ele tem dois grandes adversários. O principal deles, a Justiça, o
condenou em segunda instância por improbidade administrativa no episódio
da Pandora. Esse julgamento ocorreu em 9 de julho, quatro dias depois
de Arruda ter registrado sua candidatura. O lapso temporal pode pender
favoravelmente para o candidato apontado pelos promotores como
ficha-suja. Caberá aos magistrados, no entanto, decidir se Arruda poderá
continuar na corrida por votos ou não. Se for vetado, como pediu a
Procuradoria Regional Eleitoral do DF, ele sairá da batalha com um naco
que em algumas pesquisas bate a casa dos 30% do eleitorado — uma fatia
capaz de levar a eleição ao segundo turno. Se puder seguir adiante, seu
principal oponente será Agnelo Queiroz (PT). No comando da máquina, este
é considerado um adversário difícil de ser derrotado. Embora com
metabolismo lento nas pesquisas e alto índice de rejeição, a tendência
do petista aponta para o crescimento. Ele encabeça a maior das
coligações na disputa pelo Buriti, com o apoio de dezesseis partidos. A
junção lhe garantirá, pelo menos, oito minutos de exposição na TV, o
maior campo de batalha entre as feras. Além disso, Agnelo é oficialmente
o postulante mais endinheirado. Declarou à Justiça Eleitoral que vai
gastar até 70 milhões de reais na tentativa de reeleição. Assim como o
seu principal opositor, ele será cobrado por pendências do passado.
Algumas delas viraram inquérito, a exemplo do que investiga a sua
evolução patrimonial enquanto era ministro dos Esportes. “Não tenho medo
de fantasmas e nem me sinto ultrapassado. Tenho, sim, o couro duro como
o de um dinossauro”, avisa o atual governador, o primeiro entre os
concorrentes de agora a conquistar um mandato. Foi eleito em 1990, na
turma inaugural da Câmara Legislativa. Depois, cumpriu três mandatos de
deputado federal. Perdeu quando tentou o Senado. Mas chegou a governador
em 2010, em meio ao festival de escândalos da Pandora. A vitória foi
sobre Weslian Roriz, que, mesmo sem nunca ter ocupado nenhuma função
pública, esticou o duelo até o segundo turno — não deixando dúvidas
sobre o poder que o marido exercia no contexto eleitoral. “No DF, boa
parte do eleitorado vota mais atenta ao sobrenome do que aos projetos e à
ideologia partidária”, considera Ricardo Caldas, cientista político da
Universidade de Brasília. Ele retoma a gênese da pré-história eleitoral
na capital para explicar as circunstâncias atuais da briga pelo Buriti.
“Sarney buscou alguém que fazia política como ele, personalista,
familiar, e indicou Roriz para comandar o DF, algo que persiste no
Maranhão, em Goiás e aqui.” Na leitura de Carlos Montenegro,
proprietário do Ibope, a falta de renovação é também uma resposta ao
desinteresse dos jovens pelo debate e pela participação na vida pública.
“Prevejo que haverá em outubro a maior abstenção de todos os tempos”,
comenta Montenegro.
Se os jovens não se impõem, as figuras de sempre tomam
conta. Weslian, por exemplo, marca mais uma vez presença na campanha.
Apesar de não estar na comissão de frente, o seu nome integra a
coligação que pretende perpetuar o poder de Roriz no DF. Ela se juntou
ao grupo de Arruda no papel de suplente do senador Gim Argello (PTB),
que sonha em permanecer no cargo herdado de Roriz. Em 2007, Gim era
suplente e assumiu a cadeira do titular, obrigado a renunciar ao mandato
para evitar a cassação, fruto de outra crise política: o empréstimo de
2,2 milhões de reais para a compra de uma bezerra. Em abril deste ano,
Roriz foi inocentado na ação que envolvia o empresário Nenê Constantino e
o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura. Reforçam a comitiva
rorizista as filhas do patriarca. Liliane (PRTB) busca a reeleição como
distrital. Já a meta de Jaqueline (PMN) é continuar na Câmara dos
Deputados. Ela também foi condenada em segunda instância por improbidade
administrativa no mesmo processo que agora ameaça frustrar os planos de
Arruda. No grupo capitaneado por ele, fermentado por rorizistas e
apoiado pelo ex-senador Luiz Estevão, já se fala em substituições no
caso de um impedimento definitivo do líder. Uma das hipóteses é
transformar Alberto Fraga (DEM) em candidato. Outra saída seguiria a
lógica da continuidade semeada por Roriz: a mulher de Arruda, Flávia,
que ganhou bebê no último dia 18, é lembrada no grupo como opção. Ela
ocuparia o cargo de vice da chapa, hoje nas mãos de Jofran Frejat. Aos
77 anos, com cinco mandatos de deputado federal e quatro exercícios como
secretário de Saúde (a maior parte do tempo nos governos Roriz), Frejat
garante que ainda pode fazer muito pela cidade. “Qual é a graça de ser
santo em meio aos santos? Se as pessoas decentes não disputarem, os
indecentes vão lá e ganham”, apresenta-se Frejat, coadjuvante com chance
de assumir o protagonismo nesse embate.
(Ilustração: Kacio Pacheco)
Em uma batalha em que um forte oponente pode sucumbir
no meio do caminho, os concorrentes menos expressivos ganham
perspectivas mais promissoras. Quarto colocado nas pesquisas, Antônio
Carlos de Andrade, o Toninho do PSol, vai para a terceira tentativa de
governar o DF. Ao todo, é seu quinto teste nas urnas. Nas duas vezes em
que se candidatou a deputado, ficou com a sétima suplência. Em 37 anos
de militância política, sua melhor performance foi em 2010, quando
alcançou 199 000 votos, ou 14,5% da preferência do eleitorado. “Tenho
convicção de que as pessoas estão profundamente insatisfeitas com a
classe política. A meu favor, digo que nunca cheguei lá”, afirma
Toninho. Embora se ressinta de não ter ocupado o posto de governador,
ele já teve a chance de mostrar seu trabalho no Executivo. Em 1994,
coordenou a campanha de Cristovam Buarque ao governo. Depois, virou
secretário de Administração e, nos últimos dois anos da então gestão
petista, tornou-se administrador de Brasília.
(Ilustração: Kacio Pacheco)
Outro político experimentado nas urnas que tentará
mais uma vez o comando do GDF é o senador Rodrigo Rollemberg (PSB). O
socialista iniciou a carreira política em 1995, quando foi eleito
distrital pela primeira vez. Licenciou-se para assumir a Secretaria de
Turismo entre 1996 e 1998 e conquistou a reeleição no pleito seguinte.
Em 2002, tentou a candidatura ao Buriti, mas perdeu. Foi nomeado, então,
secretário nacional de Ciência e Tecnologia e, na oportunidade
seguinte, elegeu-se deputado federal. No último pleito, conquistou o
título de senador na mesma coligação que levou Agnelo à vitória. A
parceria não durou até a metade do governo, e Rollemberg decidiu alçar
voo próprio. Colado ao PDT de José Antônio Reguffe, ao PSD e ao
Solidariedade, ele se coloca como opção a Arruda e ao PT. Ou, no mínimo,
quer ser o fiel da balança no segundo tempo da disputa. “Não poderia
ficar omisso sobre o ambiente de ineficiência que encontrei no governo.
Tinha de me oferecer como alternativa a toda essa decepção”, justifica
Rollemberg a respeito de sua passagem de governo a oposição.
(Ilustração: Kacio Pacheco)
Na selva política do DF, o movimento do socialista não é incomum. O DNA
dos grupos políticos que brigam pelo poder na capital revela que
praticamente todos têm origem em duas correntes. De um lado está o PT e,
do outro, o clã Roriz e seus discípulos. Hoje do PSol, até os anos 2000
Antônio Carlos de Andrade era o Toninho do PT. Luiz Pitiman (PSDB), o
candidato que se oferecerá como novidade, foi presidente da Companhia
Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) no governo de Arruda.
E, depois, secretário de Obras no governo do PT. Seguiu os passos do
atual vice-governador, Tadeu Filippelli, que era pupilo de Roriz, mas
caiu nos braços de Agnelo, com quem segue juntinho na disputa de
outubro. O próprio Arruda aprendeu com Joaquim Roriz a buscar o voto no
corpo a corpo, a abraçar o povo e a modular até o jeito de falar para se
identificar com os mais humildes. Arruda começou a ganhar visibilidade
no início dos anos 90, quando assumiu a chefia da Casa Civil no governo
de Joaquim Roriz, de quem foi secretário de Obras entre 1992 e 1994.
Esse cargo o projetou ao Senado. As investigações da Caixa de Pandora
mostram que até quando os dois estiveram afastados publicamente
mantinham nos bastidores um acordo para viabilizar o financiamento da
campanha arrudista. Agora, o grupo está escancaradamente reunido de
novo. “Quero ganhar as eleições. Quero, não. Vou. E, se o Roriz pode me
ajudar nisso, fico muito feliz”, decreta Arruda. É a prova de que, entra
eleição, sai eleição, os personagens ainda variam pouco no DF — mesmo
com práticas já bem desgastadas.
Festival de beijos e abraços
O petista capricha no afeto para seduzir seu eleitorado
Agnelo e Benilda: carinho explícito nas ruas (Foto: Roberto Castro)
É um sábado, 19 de julho, e os fogos de artifício anunciam a chegada do
candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT). Vestindo calça preta e
camisa polo vermelha, ele desce de um veículo luxuoso e mergulha na
Feira Permanente de Samambaia. Antes da peregrinação, contudo, uma
agente da campanha assume a dianteira para definir a rota mais segura:
pergunta a cada responsável pelas lojas próximas se Agnelo pode entrar e
cumprimentar eleitores. A maioria diz que sim, mas há quem negue o
pedido. Nada disso, no entanto, abala a alegria do governador, que segue
sempre acompanhado por uma equipe de doze assessores e um segurança
armado. No contato com os populares, as promessas brotam a todo momento.
O vendedor ambulante Antônio Santos Ribeiro queixa-se de que está
ficando cego, e o petista manda um assessor anotar o nome dele para
providenciar uma consulta com oftalmologista na Carreta da Visão,
programa da Secretaria de Saúde. Preocupada, a dona de casa Benilda
Tavares reclama que seu filho passou no concurso da Polícia Civil, mas
ainda não foi chamado. Agnelo pergunta sobre a colocação do jovem e,
prontamente, responde: “Com certeza, ele será convocado”. Benilda pula
de alegria, ganha um abraço apertado, seguido de um beijo. Na última
demonstração de afeto, o governador não economiza. Em duas horas e meia
de caminhada, foram 56. “Eu gosto mesmo de abraçar e beijar”, diz. Na
profusão de calor humano, há carinho para todos. Ao cumprimentar o
eleitor José Jordão do Nascimento, Agnelo dá-lhe um abraço de urso, e,
no automático, tasca-lhe um beijo no rosto. Nascimento não esconde a
vergonha. “Deus me livre se souberem lá no Piauí que fui beijado por
homem. Lá não tem dessas coisas, não”, reclama.
“Desculpe-me o incômodo”
Arruda faz campanha solitária e investe na humildade
O candidato do PR e Maria Luiza: dança que não rendeu voto (Foto: Roberto Castro)
A tarde de 22 de julho no Setor Leste do Gama começa com uma cena
insólita. Sozinho, José Roberto Arruda (PR) entrega santinhos e adesivos
pelo comércio local. Nesse contato sem filtros com o eleitor, o
candidato não economiza simplicidade. Pede licença antes de entrar em
cada loja e desculpa-se o tempo todo pelo incômodo. Sempre sorridente,
clama, sem nenhum pudor, por uma nova chance para governar o Distrito
Federal. Alguns eleitores, confusos, perguntam se ele ainda está na
disputa. Com paciência de Jó, o político explica, por meio de um
linguajar acessível, como os recursos jurídicos o mantêm no certame. “As
pessoas mais simples nem sempre entendem”, conta Arruda. Ao entrar no
prédio da Ação Social João XXI, o candidato é abordado pela fundadora da entidade, Carlota
Assad. Rápida, ela lhe oferece a rifa de um carro zero no valor de 10
reais. Arruda saca do bolso uma nota de 20 reais e compra duas. “Só
isso? É muito pouco”, reclama a senhora. Ele, então, tasca um beijo na
testa de Carlota, pega os canhotos para participar do sorteio e segue
para o salão, onde há música ao vivo. Puxa Maria Luiza Pereira, de 57
anos, para dançar um xote. A dona de casa comemora o fato de ter sido
escolhida no meio de tantas outras mulheres. Quando questionada se,
depois daquele sacolejo, ele ganhou seu voto, Maria Luiza solta uma
gargalhada e diz que o seu título de eleitor é de Goiás. Na sequência,
Arruda cruza a rua e se embrenha numa área de oficinas. Ao caminhar
entre carros amassados, o ex-governador pede
votos a mecânicos com mãos sujas de graxa. Tenta consertar mais uma vez
pontos obscuros de sua longa e turbulenta trajetória política.
Tiro ao alvo
Duas perguntas francas para os quatro líderes nas pesquisas de intenções de voto
Agnelo Queiroz (PT)
(Foto: Roberto Castro)
Mesmo com a máquina nas mãos, o senhor é o candidato mais rejeitado nas pesquisas. Por quê?
Essa rejeição tem caído. Passei dois anos arrumando a casa, não fiz
factoides, optei por trabalhar, por investir 2,3 bilhões de reais. Mas
admito que, num primeiro momento, não fiz uma boa comunicação do meu
governo.
O senhor declarou que vai gastar até 70 milhões de reais na campanha. Vai precisar de todo esse dinheiro para se reeleger?
Essa é uma estimativa. Não quer dizer que vamos gastar
tudo. Temos uma aliança com dezesseis partidos e, além disso, a
prática de declarar à Justiça o que fazemos. Não usamos da demagogia que
vemos por aí. Trabalhamos na legalidade.
José Roberto Arruda (PR)
(Foto: Roberto Castro)
O senhor deu versões diferentes sobre o pacote de notas de 50 reais
que recebeu de Durval Barbosa. Afinal, o que fez com o dinheiro?
Eu nunca neguei que o Durval fez doação para mim, e
isso está registrado em um tribunal eleitoral. Foi em 2005, antes da
campanha. Se naquele dia da fita eu levei o dinheiro da sala dele? Não.
Mas ele doou a mesma quantia. A fita em que apareço está editada e
manipulada, a polícia já mostrou.
No episódio do painel, o senhor jura e chora ao dizer que não violou
a votação. Depois, volta atrás. Vai ter de chorar de novo para explicar
a Pandora na campanha?
Não me arrependo de nada. Não tenho nenhum problema em chorar. Sou um
ser humano que tem razão e emoção. No painel, os hipócritas que viram a
lista votaram de um jeito, mas dizem que votaram de outro para posar de
heróis e heroínas. Eu falei a verdade e fiquei marcado.
Rodrigo Rollemberg (PSB)
(Foto: Ozimpio Souza / Divulgação)
O senhor foi eleito na coligação de Agnelo, mas antes da metade do governo tornou-se oposição. Virou a casaca?
Quem virou a casaca foi Agnelo. Ele quis nomear para a
Emater gente ligada ao Pedro Passos. Não podia aceitar. Sempre combati a
grilagem de terras. Agnelo colocou na Fundação de Apoio à Pesquisa
(FAP) uma pessoa ligada ao Gim Argello, que acabou presa. Não fui
conivente.
José Antônio Reguffe representa para o senhor o que Marina Silva é para Eduardo Campos: mais popular que o cabeça de chapa?
A aliança com o Reguffe muito me honra, sim. Ele vai
agregar valor ao nosso projeto. Chegou-se a cogitar a candidatura dele
ao governo, mas tudo tem seu tempo. Eu tenho experiência de vários anos.
Acho que estou preparado para assumir o GDF.
Toninho do PSol (PSol)
(Foto: Sérgio Valho Jr / Divulgação)
Incomoda o fato de o senhor ter sido tantas vezes candidato e nunca se eleger?
Não sou um sonhador. O sistema é muito perverso para
partidos ideológicos. Para os fisiológicos, é a glória. Eles vendem seus
horários de televisão, negociam candidaturas. Faço o meu papel, defendo
um ponto de vista e um programa diferenciado.
O senhor pauta seus discursos colocando-se como um
ficha-limpa, mas sua mulher teve a candidatura impugnada pelo Ministério
Público. Os adversários vão massacrá-lo?
Sem dúvida, mas vou defender a Maninha, que teve uma
vida difícil e venceu. Foi um erro bobo, que está sendo corrigido. As
pessoas conhecem nossa trajetória, sabem que não fazemos negociata.
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