A Suíça renovou, segundo comunicado da Procuradoria Geral da
República (PGR), pedido para o Brasil investigar pagamentos de propinas
da fabricante francesa de trens Alstom
para políticos do governo de São Paulo. Assim, o Ministério Público
Federal em São Paulo vai realizar “nos próximos dias” as diligências
pedidas por promotores da Suíça para apurar supostos crimes de supostos
crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Nesta sexta-feira (1), o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o
procurador do MPF em São Paulo Rodrigo de Grandis ignorou três ofícios
do Ministério da Justiça para fazer as diligências solicitadas pelos
suíços em 2011. Sem nenhuma informação do Brasil, a Suíça arquivou a
investigação em relação a três suspeitos.
De acordo com comunicado da PGR divulgado na tarde desta sexta-feira
(1º), a Secretaria de Cooperação Internacional do órgão negociou esta
semana com o Ministério Público Suíço para que o pedido fosse refeito.
A Secretaria apurou que “teria havido falha no envio direto do
pedido”, pelo Ministério da Justiça (DRCI), à Procuradoria da República
em São Paulo. “A Corregedoria do MPF irá apurar se teria havido falha no
não encaminhamento das providências solicitadas.”
O MPF em São Paulo tem duas investigações sobre a Alstom. Uma trata
da suposta fraude em licitação e pagamento de propina pela empresa ao
governo de São Paulo, comandado pelo PSDB, durante a obra de expansão do
metrô na capital paulista. De acordo com a PGR, o pedido de cooperação
da Suíça está ligado a esse caso.
A outra investigação verifica suspeita de corrupção internacional,
lavagem de dinheiro e evasão de divisas na obtenção de crédito em um
banco francês pela empresa estatal paulista IPTE. Desmembrada da antiga
Eletropaulo, a IPTE firmou contrato em um consórcio liderado pela
Alstom.
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