O
ex-governador José Maranhão oficializou aquilo que já se sabia
fato. Será candidato a deputado federal. Foi inteligente. No lugar de
ser causa, colocou a saída do sobrinho do PMDB, Benjamim Maranhão, que
sentia sua reeleição ameaçada pelas intenções do tio, como conseqüência
para ter escolhido a disputa proporcional. Só faltou dizer claramente
“sou candidato a deputado federal pelo PMDB porque Benjamim não quis
ser”.
Agora que as armas estão colocadas na mesa, a família Maranhão, que
por dez anos comandou unida Paraíba, vê abrir um fosso entre as duas
principais vozes da família, o ex-governador e a sua irmã, Wilma
Maranhão, atual prefeita de Araruna. Ela tem
dito a todo mundo que fará de tudo para eleger o filho (Bejamin), e que terá um
prazer extra se, além de eleger o filho, ver Maranhão fora da lista dos
eleitos.
Tarefa difícil. Ambas, inclusive, por mais determinada e, como conhecemos, arisca que seja a prefeita de Araruna.
O ex-governador tem a maioria dos votos dados a família, sendo,
indiscutivelmente, o maior líder do clã. Benjamin, não pode negar,
construiu sua trajetória à sombra do tio, aceitando as ordens e
desordens do ex-governador. Wilma sabe disso. Mas tem um trunfo. A
prefeitura de Araruna. O domínio da chave de uma gestão que, legal ou
ilegalmente, sempre é uma grande força em qualquer candidatura. Já o
ex-governador, além dos bois, vai ter que depender dos amigos que
construiu ao longo de sua trajetória política.
Neste período, veremos ainda muitas cenas de guerra numa família que
parecia nunca se separar por causa da política. Um pensamento impróprio
em se tratando de poder.
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