O susto foi grande quando o lavador de carros Gilberto
Araújo Santos, de 41 anos, chegou andando ao "próprio velório", que era
realizado na casa de seus pais, em Alagoinhas (BA), 108 quilômetros ao
norte de Salvador, na manhã desta segunda-feira (22). Ele ainda havia
telefonado mais cedo para os familiares, avisando que estava vivo, mas
os parentes acharam que era trote, tamanha a semelhança dele com o corpo
que estava prestes a ser enterrado.
A confusão começou na noite de sábado (20), com o assassinato a tiros de um morador de rua, no centro da cidade. Avisados da ocorrência, um irmão e uma irmã de Santos foram ao Instituto Médico-Legal neste domingo (21) e reconheceram o corpo como sendo o do lavador de carros, que não fazia contato com a família havia quatro meses.
Os familiares prepararam o velório, que teve início na
noite de domingo e seguiu até a manhã desta segunda-feira (22). Santos
foi avisado do caso por um amigo, que soube que ele era dado como morto.
Ligou para casa, mas foi "ofendido". Sem opção, resolveu voltar para
mostrar que não havia morrido. Segundo os familiares, houve gritaria,
comemorações, susto e desmaios. Rapidamente, a rua ficou lotada de
curiosos. A confusão começou na noite de sábado (20), com o assassinato a tiros de um morador de rua, no centro da cidade. Avisados da ocorrência, um irmão e uma irmã de Santos foram ao Instituto Médico-Legal neste domingo (21) e reconheceram o corpo como sendo o do lavador de carros, que não fazia contato com a família havia quatro meses.
O delegado Glauco Suzart admite que a semelhança entre o morto e o lavador de carros "é impressionante". "Além disso, os dois eram moradores de rua, trabalhavam lavando carros e tinham amigos em comum, o que contribuiu para o engano", explica. De acordo com ele, outra família da cidade já identificou o corpo. A polícia investiga o homicídio. Depois do susto, Santos decidiu voltar a morar com os pais e ganhou uma festa no almoço desta terça-feira (23).
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