Lucas Bittencourt recebeu a visita do cirurgião torácico Rodrigo Sardenberg (Foto: Raquel Morais/G1) |
O Secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, autorizou
nesta segunda-feira (5) a compra do material que será usado na cirurgia
de Lucas Bittencourt, menino de dez anos que sofre com problema
respiratório e vive em uma cama desde o nascimento. A data da cirurgia
ainda não foi marcada.
De acordo com a secretaria, a pasta vai pagar o procedimento cirúrgico e os equipamentos necessários para o implante de um marca-passo diafragmático no garoto. No último dia 23, decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) determinou a imediata realização da cirurgia pela secretaria.
De acordo com a secretaria, a pasta vai pagar o procedimento cirúrgico e os equipamentos necessários para o implante de um marca-passo diafragmático no garoto. No último dia 23, decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) determinou a imediata realização da cirurgia pela secretaria.
O procedimento, com custo de cerca de R$ 400 mil, já havia sido
determinado pelo tribunal anteriormente, por meio de liminar, com base
em laudos dos médicos que atendem o garoto e do Ministério Público do
DF. A decisão também determinava o pagamento de multa diária de R$ 10
mil pelo GDF a partir de 24 de julho.
"Estamos bastante felizes com o anúncio, mas fico com um pé atrás até ver a data da cirurgia confirmada e a equipe contratada”, disse Caio Bittencourt, pai do menino.
"Estamos bastante felizes com o anúncio, mas fico com um pé atrás até ver a data da cirurgia confirmada e a equipe contratada”, disse Caio Bittencourt, pai do menino.
Lucas Ferreira Bittencourt não fala, não anda e respira com ajuda de
aparelhos desde que nasceu, por causa de uma insuficiência respiratória
crônica. Na determinação da Justiça, consta que o procedimento deve ser
realizado conforme pedido da família, que solicita chefia de um médico
específico, com todos os custos arcados pelo governo do Distrito
Federal.
A secretaria informou que, apesar de a família ter narrado à Justiça o desejo de que a cirurgia fosse realizada em São Paulo, o procedimento será feito em Brasília. Segundo a pasta, provavelmente o garoto será atendido no Instituto de Cardiologia, que possui convênio com o GDF.
A secretaria informou que, apesar de a família ter narrado à Justiça o desejo de que a cirurgia fosse realizada em São Paulo, o procedimento será feito em Brasília. Segundo a pasta, provavelmente o garoto será atendido no Instituto de Cardiologia, que possui convênio com o GDF.
Histórico
Em 1º de agosto, o TJDF havia negado recurso do GDF contra a liminar que determina a implantação do marca-passo. Naquele mês, uma junta médica da secretaria concluiu que Lucas não tinha indicação para a cirurgia. Os três profissionais que analisaram a criança durante 26 minutos afirmaram que ele apresentava “sequelas neurológicas irreversíveis, tanto intelectuais quanto motoras” e que era tetraplégico.
Em 1º de agosto, o TJDF havia negado recurso do GDF contra a liminar que determina a implantação do marca-passo. Naquele mês, uma junta médica da secretaria concluiu que Lucas não tinha indicação para a cirurgia. Os três profissionais que analisaram a criança durante 26 minutos afirmaram que ele apresentava “sequelas neurológicas irreversíveis, tanto intelectuais quanto motoras” e que era tetraplégico.
Também segundo os médicos, o implante não traria melhoras
significativas a Lucas e não havia necessidade de urgência no
tratamento. Rodrigo Sardenberg, médico especialista no procedimento e
escolhido pela família para realizar a cirurgia, questionou o laudo.
“Acho que não foi uma boa avaliação, inclusive porque há um erro
conceitual: Lucas não é tetraplégico, mas tetraparético, ou seja, ele
tem os movimentos, mas são mais lentos.”
Em julho, o TJ determinou que a operação ocorresse independentemente do relatório da junta.
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