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Sêneca

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PB será 8º do país com menor oferta de mão de obra qualificada



A Paraíba será o 8º estado do país e o 4º do Nordeste com a menor oferta de mão de obra qualificada: 159.462 profissionais. A estimativa é de uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com as projeções do estudo, 143.315 vagas de emprego demandarão esses profissionais. E desse total de postos de emprego, 43.675 (30,47%) são na área de comércio e reparação. Com todas as vagas preenchidas, ainda ficarão disponíveis no mercado de trabalho paraibano 16.147 profissionais, gerando excesso agregado de trabalhadores qualificados e com experiência profissional. A expectativa do Ipea é que 47,71% do excedente de profissionais (7.704) estejam na área de serviços coletivos, sociais e pessoais.


Para a realização da pesquisa, o Ipea utilizou um conjunto de informações pertencentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Para o ano de 2011, espera-se que o setor econômico de maior geração de empregos seja o comércio e reparação, com mais de 546 mil novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com mais de 503 mil novas ocupações, e da construção civil, com 168 mil novos empregos. Em síntese, esses três setores econômicos devem responder por cerca de 1,2 milhão dos postos de trabalho a serem gerados em 2011, ou seja, 73% do total, em todo o Brasil.

Por força ainda da prática generalizada da rotatividade da mão de obra (demissão e admissão de trabalhadores, geralmente por salário menor), esses mesmos setores econômicos devem se destacar pelos maiores contingentes de vagas disponíveis a serem ocupadas, pois devem responder por 71% dos 19,3 milhões de contratos de trabalho a serem rompidos em 2011. Na contramão, observam-se os setores da administração pública e agrícola com potencial de apresentar saldo negativo na geração de empregos. Mas que pela presença da rotatividade da mão de obra, devem apresentar demanda global positiva em 2011.

Para calcular a oferta global da mão de obra para este ano, O Ipea levou em consideração a soma das estimativas dos desempregados com qualificação e experiência profissional (2 milhões), dos novos ingressantes na força de trabalho com qualificação e experiência profissional (762 mil) e dos empregados demitidos por força da rotatividade da mão de obra (19,4 milhões), o que totaliza o universo de 22,1 milhões de trabalhadores.

O estudo conclui que os sinais de escassez de mão de obra qualificada e com experiência profissional deverão continuar se manifestando, cada vez em maior escala e que da estimativa de 28,2 milhões de trabalhadores disponíveis em 2011, sejam 22,1 milhões de pessoas com qualificação e experiência profissional. o Brasil deverá apresentar um excedente projetado de um milhão de trabalhadores qualificados e com experiência profissional. Somente o estado do Maranhão poderá registrar déficit global de mão de obra qualificada.


Marcelo Rodrigo

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