Foto: Nelson Jr/Asics / TSE |
A rejeição ao voto obrigatório chegou pela primeira vez a 61% no
Brasil, de acordo com pesquisa do Datafolha, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
O instituto ouviu mais de 2.800 pessoas em 7 e 8 de maio. A margem de
erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, 57% dos eleitores não votariam no próximo dia
5 de outubro, se tivessem opção. O índice é recorde. Desde 1989, a
pergunta sobre comparecimento é feita aos eleitores, mas o total dos que
não iriam votar caso não houvesse obrigatoriedade nunca superou os
50%.
Na faixa etária mais jovem, de 16 a 24 anos, a rejeição é de 58%, que
é considerada uma porcentagem alta em relação aos padrões anteriores.
Entre o eleitorado de 45 a 59 anos, a opinião desfavorável passa para
68%. Em relação à renda e à escolaridade, a rejeição é grande entre os
mais ricos e escolarizados. A pesquisa aponta que 68% dos que têm renda
familiar mensal acima de dez salários mínimos são contra o voto
obrigatório. O índice aumenta para 71% entre os que têm ensino superior.
O voto obrigatório é uma regra prevista no artigo 14 da Constituição
Federal. O comparecimento às urnas é facultativo apenas para
analfabetos, pessoas com mais de 70 anos e os que têm 16 ou 17 anos.
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