O
governador Ricardo Coutinho anunciou, na tarde desta quinta-feira (12),
um dos maiores investimentos privados da história da Paraíba. Trata-se
da construção do maior estaleiro de reparos de navios da América do Sul
pelo grupo americano McQuilling Services LLC, no município de Lucena,
Litoral Norte do estado.
Além desta, também será instalada na
Paraíba a primeira indústria da cadeia produtiva da Fiat na Paraíba, a
GME Brasil. Juntas, ela irão investir quase R$ 2 bilhões e gerar mais de
6 mil empregos diretos e indiretos. As duas empresas assinaram
protocolos de intenção com o Governo do Estado, em solenidade realizada
no Palácio da Redenção.
O investimento previsto para a construção
da Empresa de Docagens Pedra do Ingá (EDPI) em Lucena é de R$ 1,9
bilhão, a qual deverá gerar 1.500 empregos diretos e outros 4.500 postos
de trabalho indiretos. Já a GME Brasil vai se instalar em Caaporã, com
aporte financeiro de R$ 6 milhões. Os empreendimentos incentivados pelo
Governo do Estado colocam a Paraíba como protagonista nos segmentos
naval e automotivo.
“É uma nova realidade que surge para Lucena,
estagnada depois da proibição da pesca da baleia, e toda Paraíba. E
agora temos o maior investimento que este estado já viu naquela região.
Vamos mudando a cada dia o perfil da Paraíba, com este investimento de
projeção internacional. E outros mais que verificam na Paraíba um
ambiente preparado para estimular a iniciativa privada, o
desenvolvimento econômico e social”, pontuou o governador Ricardo
Coutinho, comentando sobre o marco histórico que as empresas representam
na economia paraibana.
Com estes recursos, os investimentos
privados na Paraíba nos últimos 3 anos totalizam R$ 4,4 bilhões. “Estes
números são o fruto do esforço de toda equipe na estruturação da Paraíba
e captação de investimentos. Com uma política ofensiva para compensar o
tempo que o Estado passou no atraso, garantindo a competitividade
regional e nacional. E queremos mais, estamos abrindo parques
industriais e construindo condições para o estado, as empresas e a
população ganhar”, destacou Ricardo Coutinho.
Estiveram presentes à
solenidade, o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira; o
secretário de Estado da Receita, Marialvo Laureano; o secretário de
Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano; a presidente da
Companhia de Desenvolvimento da Paraíba, Tatiana Domiciano; além do
deputado estadual Mikika Leitão.
O prefeito de Lucena, Marcelo
Sales, participou da assinatura de protocolos e destacou a mudança que
será provocada na economia do município. “Nossa cidade a partir de hoje é
outra. Lucena era muito carente de emprego e renda. A proibição da
pesca da baleia desempregou mil famílias. Agora, a solução que o
governador disse que encontraria, chegou. Todos estão de parabéns e
agora é a redenção da nossa cidade”, comemorou.
Referência mundial
- A Empresa de Docagens Pedra do Ingá construirá no distrito de
Costinha, em Lucena, um estaleiro de reparo de grande porte. Será o
maior estaleiro de reparos e docagens de navios do hemisfério Sul, e
comparável às maiores instalações do gênero no mundo, com previsão para
iniciar suas operações em 2017.
De acordo com o secretário
executivo de Indústria e Comércio, Marcos Procópio, o empreendimento é o
de maior projeção na Paraíba, pelo aspecto do valor de investimento
(R$1,9 bilhão) e pelo surgimento de uma nova matriz de desenvolvimento.
“É um projeto de valores e localização que colocam a Paraíba como
referência para as embarcações que transitam pelo Atlântico e precisam, a
cada 5 anos fazer revisões e reparos”, comentou o secretário.
Representante
do grupo de investidores McQuilling Services LLC, Celso Souza, destacou
que as primeiras operações do estaleiro deverão começar em
aproximadamente dois anos. “Estaremos desde já iniciando o projeto para
instalação, cuidando de todos critérios estruturantes e ambientais para
termos pleno sucesso no empreendimento. Para chegarmos à funcionalidade
plena, levaremos 36 meses, gerando emprego para os paraibanos desde a
construção até o funcionamento do estaleiro”, detalhou. O nome Empresa
de Docagens Pedra do Ingá foi escolhido, segundo Celso, para homenagear o
estado diante da hospitalidade recebida desde as primeiras tratativas
com o governo local.
A outra indústria anunciada na tarde desta
quinta-feira foi a EFG - Automação e Robotização de Linhas de Montagem,
pertencente ao Grupo GME Brasil. O projeto da multinacional automotiva
terá investimentos de R$ 6 milhões, e a previsão inicial é de gerar 120
empregos diretos. A empresa será construída em Caaporã, e seu objetivo é
atender a demanda das três novas linhas de produtos que serão
desenvolvidas na planta de Goiana, no vizinho estado de Pernambuco.
De
acordo com o diretor comercial do Grupo GME, Geraldo Lima, a empresa
projeta e constrói as máquinas que fazem a montagem dos veículos, bem
como os robôs e os programas que são usados no processo. Na Paraíba, a
unidade será responsável por desenvolver os equipamentos utilizados pela
Fiat, que está sendo construída em Goiana, Pernambuco. O projeto é o
primeiro da cadeia produtiva da montadora a instalar-se no Estado.
“Verificamos
que a região de Goiana estava já saturada de empreendimentos e a
Paraíba mostrou-nos ótimas condições de investimentos. E não tivemos
dúvidas na escolha do Estado. Já temos 30 jovens paraibanos recebendo
treinamentos em nossa sede, no Paraná. E queremos já nas primeiras
quinzenas do próximo ano iniciar os trabalhos em Caaporã”, detalhou.
Para
a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, a região de Goiana, do lado
pernambucano, e Caaporã, na Paraíba, é de interesse comum entre os dois
estados e ambos só têm a ganhar com a vinda das empresas. “Vivemos um
momento positivo para o Litoral Sul da Paraíba. Tanto com os
empreendimentos focado em nosso estado, como o Polo Cimenteiro, que nos
fará o segundo maior produtor do país. Assim como a Fiat em Pernambuco,
permite que empresas complementares venham para nosso estado, além de
gerar emprego e renda para os paraibanos nos dois lados da divisa”,
comentou a presidente.
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