Conforme a publicação no D.O. fica determinado o "afastamento cautelar das funções dos servidores por 180 dias, sem prejuízo de seus vencimentos, porém com suspensão de prerrogativas inerentes aos cargos".
Os afastados foram: os delegados Edilson Araújo de Carvalho e Alberto Jorge Diniz e Silva; os agentes de investigação Cesar Batista Dias, Eduardo Jorge Ferreira do Egito, Esdras Almeida de Oliveira, José Rodrigues da Silva Júnior, Lúcio Flávio Almeida de Lima e Vitor Prado Freire; e o motorista Milton Luiz da Silva.
Operação Squadre
A Operação Squadre foi deflagrada na madrugada do dia 9 de novembro deste ano. Ela foi o resultado de um ano de investigações feitas pelo setor de inteligência da PF, com o apoio do MPPB e da Secretaria da Segurança. O objetivo do trabalho foi desarticular grupos milicianos acusados de praticar vários crimes na Paraíba, como tráfico e comércio ilegal de armas e munições, segurança privada armada clandestina, extorsão, corrupção, lavagem de dinheiro e extermínio de pessoas.
Ao todo, foram expedidos 75 mandados, sendo 35 de prisão preventiva, dez de prisão temporária e buscas, 11 de condução coercitiva de pessoas e 19 de busca e apreensão de documentos nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari, Cajazeiras, na Paraíba; e em Recife e Petrolina, no estado de Pernambuco.
Os alvos das prisões foram policiais militares de várias patentes (incluindo major, capitão e sargento), policiais civis e delegados, agentes penitenciários e particulares que, de acordo com as investigações do MPPB e da PF, atuariam em três milícias interligadas pelo tráfico ilegal de armas e munições (sendo que alguns dos milicianos integravam os três grupos).
As provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Ações de inteligência permitiram, inclusive, evitar execuções que seriam praticadas pelas milícias.
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