O
governador Ricardo Coutinho (PSB) confirmou nesta segunda-feira (31)
que já recebeu a carta de renúncia coletiva de todos os secretários e
adjuntos da gestão estadual. O pedido foi de iniciativa dos próprios
auxiliares, encabeçado pelos secretários Adriano Galdino (chefe de
Governo) e Thompson Mariz (do Planejamento), para que o governador fique
"totalmente à vontade para promover as reformas que bem entender".
Com
o gesto, os secretários a adjuntos que disputarão mandatos eletivos
este ano se anteciparam ao prazo de desincompatibilização, que ocorre no
próximo dia 3. Os que não entrarão na disputa aderiram ao documento,
que permite, na prática, que Ricardo possa ampliar a reforma
administrativa.
O governador disse que ainda não definiu a data
para publicação do ato que exonera, de uma só vez, mais de dois mil
cargos comissionados. "Sinceramente, ainda não fiz uma leitura desse
processo. Minha agenda está apertadíssima e tenho sentar para fazer essa
leitura com calma. É uma agenda lotada de compromissos administrativos,
principalmente com uma quantidade imensa de obras para inaugurar",
afirmou.
Pela manhã, em solenidade no Palácio da Redenção,
quando recebeu o relatório de um ano de trabalho da Comissão Estadual da
Verdade e da Preservação da Memória, o governador confirmou que
promoverá a reforma no secretariado e que irá exonerar auxiliares que
ocupam cargos de confiança no Governo do Estado.
Segundo o
governador, essa é uma “operação absolutamente normal”. Ricardo frisou
que essas mudanças permitem a alteração em alguns pontos chaves da
gestão. “Tem muita gente saindo e vamos reestruturar o governo. Uma
operação que é absolutamente normal. Em 2003 com o dr. Cássio foi assim,
em 2009, com o dr. Maranhão e Lula quando foi eleito em 2009 também foi
assim”, disse.
Ricardo Coutinho revelou que os auxiliares das
“secretarias essenciais” da gestão, como a de Receita, Finanças e Saúde
serão 'preservados'. A princípio, seis secretários devem deixar o cargo
no Executivo e disputar um mandato eletivo este ano.
O secretário
chefe de Governo, Adriano Galdino, foi quem revelou que em um único
decreto o governador fará a exoneração de todos os secretários e
subsecretários, além dos servidores em caros comissionados. "Serão
recontratadas as pessoas que estão dentro dos projetos político e
administrativo da atual gestão. Não são cargos de confiança? o gestor
tem que ter confiança em sua equipe", disse. "A equipe tem que estar
alinhada com a administração".
Galdino disse que os servidores
que ocupam cargos comissionados nas secretarias de Educação, Saúde,
Segurança Pública e Administração Penitenciária, consideradas áreas
essenciais do governo, serão preservados.
Dois deputados
estaduais retornarão à base aliada do governador na Assembleia
Legislativa. O primeiro deles é Adriano Galdino, secretário chefe de
Governo. Quem sai da ALPB é o atual líder governista Hervázio Bezerra
(PSB). Outro é deputado Manoel Ludgério (PSD), atualmente secretário de
Interiorização. Com sua chegada quem deixa a Casa Epitácio Pessoa é
Francisco Quintans (DEM).
Outros quatro secretários também
entregarão seus cargos para concorrer nas eleições de outubro: Efraim
Morais (DEM), da Infraestrutura; Aracilba Rocha (PSL), das Finanças;
Estela Bezerra, da Chefia de Gabinete; e Ricardo Barbosa, do Programa de
Aceleração do Crescimento.
PORTALCORREIO
Nenhum comentário:
Postar um comentário