Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, ninguém tem o poder de viver muito.

Sêneca

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Revolta e tumulto marcam reintegração de posse de casas populares na cidade de Piancó; mais uma do governo Ricardo Coutinho

O governador Ricardo Vieira Coutinho (PSB), pré-candidato a reeleição, encaminhou representantes da CEHAP (Companhia Estadual de Habitação Popular), até a cidade de Piancó para dá prosseguimento a um despejo de cerca de 10 (dez) famílias que haviam decidido em ir morar nas casas de um pequeno conjunto popular (Programa Minha Casa, minha Vida), num total de 15 (Quinze) residências ainda inacabadas, que estão localizadas em um terreno próximo ao Parque de Exposição de Animais "Elzir Matos" às margens da BR 361 que liga Piancó à Patos. A Polícia Militar que acompanhou o oficial de justiça da Comarca de Piancó, estava com um efetivo, exagerado, de cerca de 15 (Quinze) policiais, para expulsarem dali pessoas que estavam apenas em busca de um teto. São famílias carentes que não tem onde morar nem como arcar com as despesas de um aluguel, que hoje, mesmo na periferia, custa cerca de R$ 150,00 no mínimo. Os cidadãos que ali se encontravam manifestaram o seu descontentamento com a ação (Mandado de Reintegração) e não satisfeitos, mostraram, mesmo assim, sua educação perante a autoridade da juiza que expediu o Mandado. 

As crianças com seus pais derramaram lágrimas ao verem seus poucos móveis sendo retirado do local, sem a esperança de um dia poder ter um lugar próprio pra morar. Muitos culparam o governador Ricardo Coutinho pela  ação, e lamentaram que no momento do despejo não havia nenhum representante político que pudesse encontrar uma solução para tão degradante situação. "É humilhante você ver que ninguém olha por nós", disse uma moradora que para evitar perseguição política, não terá o seu nome citado.

O prefeito da cidade, Sales Lima (DEM) ao tomar conhecimento do despejo, pediu a sua assessoria jurídica e a secretaria de desenvolvimento social, que buscassem meios legais para ajudar aquela população pobre que sofre com a falta de uma moradia digna. Com relação a ação de Reintegração o prefeito disse que "ordem judicial não se discute, se cumpre". 

As famílias, todas remanescentes do Bairro Campo Novo, pedem as autoridades que olhem para sua situação e busquem encontrar uma solução para essa questão  que, segundo os curiosos que estavam a observar o episódio, precisa ser resolvida.

Vê crianças chorando e olhar para o semblante daquelas famílias, causou comoção até mesmo nas pessoas que estavam ali pra cumprir a decisão judicial.

Caminhões ajudaram a levar os poucos objetos de algumas famílias, os quais estão colocados nas calçadas de alguns parentes no Bairro Campo Novo.


OBlogdePianco

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