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Sêneca

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Defesa de Gil Rugai liga testemunha ao tráfico

Defesa de Gil Rugai liga testemunha ao tráficoNo segundo dia de julgamento de Gil Rugai, de 29 anos, acusado de ter matado o pai, Luiz Carlos, e a madrasta, Alessandra Troitino, a acusação trouxe dois depoimentos que apontaram o réu como responsável pelo crime de 2004 em São Paulo. Já a defesa tentou desacreditar uma das principais testemunhas, o instrutor de voo de Luiz Carlos, Alberto Bazaia Neto, ao tentar relacionar ele com tráfico de drogas.

Primeiro a depor, Bazaia disse ter ouvido da vítima que o filho era uma pessoa perigosa. Ele relatou que esteve com Luiz Carlos três vezes na semana do crime. Em um dos encontros, a vítima teria dito que foi roubada pelo filho. "Ele estava cabisbaixo, quieto e chegou a dizer: 'filho é complicado'."

O roubo fez com que, segundo a testemunha, Luiz Carlos estipulasse um prazo para que Gil deixasse a mansão em Perdizes, na zona oeste, onde o casal morreu. Ele também teria decidido que trocaria as fechaduras. "Ele disse que Gil era um menino perigoso", disse o instrutor.

Os advogados de defesa Thiago Anastácio e Marcelo Feller indagaram Bazaia sobre a participação dele e de sua família em um esquema de receptação e distribuição de drogas a partir do Aeródromo de Itu, onde Luiz Carlos tinha aulas de voo.

Para a acusação, a tentativa de associar o caso com o tráfico trata-se de uma estratégia de "baixo nível", que tem como objetivo tirar o foco do julgamento.

Chiarelli afirmou não ter nenhuma dúvida de que Gil matou o pai e a madrasta. O delegado disse que chegou à autoria do crime depois de colher mais de uma centena de depoimentos.
A defesa criticou o policial por seguir só uma linha de investigação. O delegado teria descartado o fato de terem sido apreendidos 359 gramas de maconha na residência do casal. A defesa quis demonstrar que existia a hipótese de alguém ter invadido o local.

Calmo durante o júri, Gil chegou a conversar com PMs da escolta. Mas, por volta das 19h, quando foram exibidas as fotos de Alessandra Troitino morta, ele baixou a cabeça para não ver as imagens.

Estadão

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